terça-feira, 19 de agosto de 2008

It's always the little things...

Cabisbaixa me assomei à caixa do correio, ao chegar a casa depois do dia horribilis de ontem. Conseguia vislumbrar pela ranhura os tons amarelo e vermelho da 'Dica' do LIDL, e foi sem grande entusiasmo que inseri a mini chave na ranhura. No meio dos panfletos inúteis estava um postal. De uma amiga dos meus gloriosos tempos de criança, em Paris. Há 26 anos que a não vejo. 'Estamos a passar umas férias maravilhosas em Praga. Escrevo-te com mais tempo em breve. Beijo, Céline et Fabrice (o marido, que também assinou, apesar de nunca nos termos visto).


Um mimo destes, absolutamente inesperado, dada a irregularidade da nossa correspondência (sempre mais de 5 folhas A4 manuscritas, mas apenas uma ou duas vezes por ano), fez-me pensar no conceito de Amizade e em quanto a tomamos por garantida, esquecendo de nos mimarmos, ou fazendo-o tão frequentemente que se banaliza a relação, por mais profunda que possa ser. A dificuldade está em gerir o meio termo, no caos dos dias, e das vidas pessoais atribuladas, que nem sempre se compadecem do óbvio. Mas o óbvio está lá: nada se autogere. A dada altura é preciso pegar no menino e embalá-lo um bocadinho...senão ele fica-se no choro.
Nunca fui muito expansiva. Ou melhor, fui, mas já não sou. O fluxo abrandou, a torneira ganhou calcário, who knows. Mudei. Tão simples quanto isso. Na escola escrevia histórias em que os meus amiguinhos eram os protagonistas. No liceu, escrevi canções para os passeios de turma (a minha glória foi a canção do 9ºD, uma adaptação muito livre do 'The final Countdown' dos Europe: é o 9ºD...tarara tarararaa tararaa. Um autocarro inteiro a cantar isto. Memorável...). Na faculdade tive de me agarrar aos livros, mas ainda dava para umas trocas de bilhetes delirantes com o meu núcleo duro, em vez de prestar atenção às aulas de economia. No meu primeiro emprego, na minha saudosa Portugália (não a dos bifes...), não têm conta os poemas (idiotas, mas ainda assim, poemas) que fiz para colegas. Criei o hábito de escrever emails longuíssimos para os meus ex-colegas, que ficaram amigos. Até há pouco tempo, todos os postais de aniversário eram feitos manualmente. Escrevia dedicatórias nos livros que oferecia. Ainda me acontece, mas menos. Escrevi um relato de viagem para cada uma das quatro companheiras que me acompanharam numa viagem à Escócia, Imprimi e encadernei cinco cópias, todas forradas a tecido de xadrez. Deu-me um gozo brutal fazê-lo. Infelizmente, conservo apenas uma das companheiras como amiga fiel, e como é provável que ela passe por aqui, deixo-lhe um beijo especial, consciente de que não tenho sido a mesma e sem grandes desculpas para o facto. Há coisas que nos mudam. Não sei precisar o momento exacto em que questionei a pertinência dos mimos. Bom, acho que até sei, e talvez os amigos estejam injustamente a pagar por tabela, por mimos que dei e não devia, ou que dei e foram desperdiçados. Sei que tenho saudades de os dar, mas não me têm saído ultimamente. Algures no caminho perdi a fé, não nos amigos, mas na piada que se achava aos 'mimos'. Cheguei a pensar se não estaria a ser egoista, e a pensar mais no gozo que me dá a mim dar do que aos visados receber. Ponderei a hipótese de estar a 'usar' os mimos mais como um 'hey, estou viva porque estou a fazer isto para alguém', mas descartei porque, apesar de várias vezes ter consciência de que sou a minha pior inimiga, também não me tenho assim em tão fraca consideração. Sempre que dei, dei com convicção e genuíno prazer. Como continuo a fazer. Mas menos. Não com menos prazer, nem com menos convicção, mas com menos fé na importância que isso tem. Houve alturas em que não teve nenhuma, e essas acabam por ensombrar e sobrepor-se, e uma pessoa acaba por encolher os ombros e pensar 'what's the point'. É errado, claro, mas é assim. Um facto não deixa de existir por não se gostar de o admitir...

Mas o postal da Céline fez-me acordar para a realidade. E ando a tentar refrear um ataque de lamechice desde manhã. Sem sucesso. Fiquei mesmo a pensar nisto tudo. É que gosto muito dos meus amigos. Mesmo que não fale com eles todos os dias, mesmo que eles ainda perguntem por um ex que já lá vai há que séculos ou me confundam o nome dos gatos, estão cá dentro. Mesmo que eu não o demonstre sempre, mas também não importa, porque eles sabem disso. Como eu sei que estou lá dentro, ainda que só os veja uma vez no ano (acontece a quem tem amigos mundo fora) ou que não ande sempre de telefone na mão. Podem não ser dez mil, mas também nunca pretendi coleccionar amigos só para ter uma agenda de telemóvel a rebentar pelas costuras. Not my style.

A Céline não lerá, com certeza, mas outros amigos (reais e virtuais, velhos e recentes, you know who you are), familiares (beijo, mana linda, e cunhadinho lampeão), muito importantes, lerão. Declaro aberto o momento lamechas do dia (e do ano, provavelmente):
'Through fields and far off places,
over moutains tall and rivers wide
Where roads meet the horizon,
Friends, I'll be here by your side,
onward, your hand in mine,
together through the sands of time,
in heart and soul and mind'
(desgraçadamente não sei de quem é o poema, mas desta vez a culpa não é minha, é do '1001 postcards', que não colocou o nome do autor!)
Não concordo nada com a frase da imagem, que nestas coisas da amizade não acho que estejamos aqui para quando somos precisos. Ou estamos, ou não estamos. Mas como tinha o cãozito e eu gosto de patinar no gelo...(como não tive paciência para ir ao paint e tirar aquilo...é mais por aí! ;)) ficou assim mesmo.
Espero também ter contentado quem diz que eu não escrevo nada sobre mim e que invento um personagem e só falo dos gatos e dos cães... Talvez não me saibam é ler, mas isso já não é problema meu. 'Piqueno' desabafo, long time overdue...

30 comentários:

  1. Começo por concordar que a frase do postal é um bocado tonta... agora ficávamos aqui, de perna aberta (desculpa o vernáculo, mas é a imagem mais característica), à espera que um amigo se lembrasse de nós, no dia em que precisasse? Temos o T de totó escrito na testa, não?!

    Bom, por outro lado concordo absolutamente que a amizade tem de ser cultivada e "adubada" como se se tratasse de uma frágil plantinha. Dando e recebendo, que a amizade não é um sentimento unilateral. Tendo prazer na companhia d@ amig@, sempre que possível.

    Muitas amizades que tive desvaneceram-se, com o tempo e a distância, sem qualquer tipo de zanga ou questiúncula. A vida das pessoas muda, leva-as por caminhos diferentes, não se recuperam os anos perdidos num reencontro. Às vezes até descobrimos que aquela pessoa já não nos diz nada...

    Mas pronto, o tema dá pano para mangas, ainda hei-de falar nisso um dia destes!

    Beijoca! :)

    Post-scriptum - estas actualizações aqui ao lado, dos posts, são muito falíveis (este teu ainda não tinha aparecido, o meu diz que tem 12 horas, mas só o postei há 2... eh, eh, eh!)

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  2. LISBOA - PORTUGAL

    Olá!

    Antes do mais: a minha terceira nora, a Estela, é loucaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa! por gatos. Eu - passo. É só para saberes

    Cheguei a este blogue através de outros que costumo visitar e neles postar comentários. Cheguei, vi e… gostei. Está bem feito, está comunicativo, está agradável, está bonito – e está bem escrito. Esta é uma deformação profissional de um jornalista e dizem que escritor a caminho dos 67…, mas que continua bem-disposto, alegre, piadista, gozão, e – vivo.

    Só uma anotaçãozinha: Durante 16 anos trabalhei no Diário de Notícias, o mais importante de Portugal, onde cheguei a Chefe da Redacção – sem motivo justificativo… pelo menos que eu desse com isso… E acabo de publicar – vejam lá para o que me deu a «provecta» idade… - o me(a)u primeiro livro de ficção «Morte na Picada», contos da guerra colonial em Angola (1966/68) em que, bem contra vontade, infelizmente participei como oficial miliciano.

    Muito prazer me darás se quiseres visitar o meu blogue e nele deixar comentários. E enviar-me colaboração. Basta um imeile / imilio (criações minhas e preciosas…) e já está. E se o quiseres divulgar a Amiga(o)s, ainda melhor. Tanto o blogue, como o imeile, tá? Muito obrigado

    www.travessadoferreira.blogspot.com
    ferreihenrique@gmail.com

    Estou a implementar e desenvolver o projecto que tenho para o meu www.travessadoferreira.blogspot.com e que é conferir ao meu/vosso/NOSSO blogue a característica de PONTO DE ENCONTRO entre os Países fraternalmente ligados – Portugal e Brasil. E outros PALOP e etc…
    Se me enviares o teu IMEILE, poderei enviar-te «coisas» que ache interessantes. Se, porém, não as quiseres, diz-me que eu paro logo. Sou muito bem-mandado (a minha mulher que o diga…) e muito obediente (cf. parênteses anterior). Abrações e queijinhos, convenientemente repartidos e distribuídos

    – Desculpa por este comentário ser tão comprido e chato. Como a espada do D. Afonso Henriques…
    - Já conheces o me(a)u «Morte na Picada» que acima menciono? Há quem diga que é muito bom. E até que é o melhor que se escreveu em Portugal sobre o tema. Dizem… Obviamente que não sou eu a dizê-lo… Só faltava… E também há quem tenha escrito que é SANGUE & SEXO… Malandrecos… Pelo sim, pelo não, compra-o.
    Depois de o leres, se, por singular acaso, tiveres gostado dele, terás de comprar muitíssimos mais exemplares. São excelentes prendas de aniversários, casamentos, divórcios, baptizados, e datas como Natais, Carnavais, Anos Novos, Páscoas, Pentecostes, vinte e cincos de Abris, cincos de Outubro, dezes de Junhos. Até para funerais. Oferecer o «Morte» na morte fica bem em qualquer velório que se preze. E, além disso, recomenda-o, publicita-o, propagandeia-o, impinge-o aos Amigos, conhecidos, desconhecidos & outros, SARL. Os euros estão tão raros e... caros...
    ++++++++++++
    A editora da obra é a Via Occidentalis (occidentalis@netcabo.pt) cujo site é www.via-occidentalis.blogs.sapo.pt. Neste blogue podem ser consultados mais dados sobre o livro, cujo preço de capa é € 14,70. ATENÇÃO: Pode ser comprado pela Internet.
    ++++++++++++
    NOTA IMPORTANTE: Este texto de apreciação e informação é similar em todos os casos em que o utilizo. Digo isto, para quem não surjam dúvidas ou suspeitas sobre a repetição em diferentes blogues. E para que ninguém se sinta ludibriado – ou ofendido… Há feitios que… Mas, sublinho, apenas o uso quando o entendo, isto é, quando gosto mesmo dos que visito. Nos outros onde também vou, se não gosto, saio sem comentários. Há muitos mais. Aqui na terrinha diz-se que «se não gostas, põe na beirinha do prato…»

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  3. Olá Safira !!

    Apenas de passagem, para te agradecer a visita, ando mt preguiçosa ... é das férias.

    Bjinhos

    Para a semana, já na rotina habitual, venho visitar-te com mais tempo .... até lá ... continuo de férias ;))

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  4. Olá Safira, novamente comento no teu blog, mas sabes pareces-me ser uma pessoa muito espontânea e mais uma vez vim ler as novidades.
    A amizade é uma relação complexa. Houve uma altura nas nossas vidas (acho que todos passamos por isso) que as saídas com os amigos eram o mais importante, mas há medida que fomos crescendo e os anos passando, as «muitas amizades» perderam-se e ficamos com os «realmente amigos» que normalmente, «são poucos, mas bons». Quando isso acontece, já não sentimos a necessidade de estarmos todos os dias uns com os outros (também temos a nossa vida, não é verdade?)
    O amigo é aquele que nos compreende e por isso se há dias que queremos estar sozinhos, os nossos amigos, porque são nossos amigos, compreendem.
    Eu tenho um conceito estranho (?) de amizade, os meus amigos vejo-os de tempos em tempos, às vezes passam-se meses! Quando nos encontramos não marcamos a data do novo encontro ou telefonema, as coisas acontecem naturalmente. Se um de nós precisar, já sabe, que ligue ou apareça. E se isso acontecer, o outro estará disponível. Há aquela velha frase lamechas, «os amigos são como as estrelas durante o dia, podem se não ver mas sabemos que estão lá» (qualquer coisa parecida com isto)
    Comigo funciona assim. No entanto, há sempre um elo que nos une e para mim esse elo é a compreensão.
    A tua amiga mandou-te um postal,o que isso significa não é que é ela se tenha lembrado de ti, mas que ela quis que tu soubesses que ela se lembrou de ti, porque concerteza ela pensa muitas vezes em ti e tu nem imaginas.
    É lamechas, mas também me deu para o sentimento... lol
    beijinhos
    p.s. que grande miadela a minha
    Csofia

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  5. Olá Safira,

    Fazes bem em deixar a tua alma escrever por ti, é muito bom e libertador ;-)

    Beijinhos

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  6. Olá

    Não resisti... É maravilhosa a forma como tu escreves...
    Provavelmente quem não te conhece decerto não conseguirá «atingir» a maior parte dos teus posts ou dos teus devaneios. Não por mal, obviamente, mas exactamente porque não te conhece, e só mesmo quem tem o prazer de privar com a tua pessoa pessoa consegue ver que a tua escrita é o teu reflexo...és tu própria!
    Ainda hoje dizia à mãe (a teu respeito)que tu és uma pessoa com uma sensibilidade e uma criatividade tão enormes que só com um computador e/ou caneta e papel, livros (toneladas) e algumas telas/ponto de cruz/missangas e afins tu farias maravilhas e viverias em plenitude, sem teres de ir para o estúpido escritório.
    E, não, caros leitores, não estou a dar-lhe graxa porque não preciso, é mesmo assim...
    E mana, já tinha saudades de te ouvir falar de qualquer coisa sem rancor e de coração aberto. Foi bonito e a Celine é uma querida...

    Um beijo enorme para a mana mais linda do MUNDO!!!!!!!

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  7. Mana e a noite dos defenestrados, lembras-te????

    Beijos

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  8. Adorei o teu mimo, mas não te acanhes a dar mais!!!

    Uma grande beijoca

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  9. a amizade, quando verdadeira, é a única coisa eterna enquanto o nosso esqueleto se move...

    é uma delícia agora ouvir chamar tio dos rebentos de amigos que andavam há 20 anos na má vida comigo...

    bjinhos miaus

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  10. Para cuidar das amizades também é aconselhável não ficar 9 meses sem falar com um amigo só porque este manda um simples SMS com a palavra "sniff", isto após uma natural vitória do SLB sobre o SCP...

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  11. Tudo tem um lado positivo: ao menos não nos pespegas aqui com versões dos Europe!
    LOL

    Um beijo
    E um mimo dum sorriso

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  12. As amizades têm destas coisas. Por vezes pensamos, como escreveste, "What's de point"?

    Numa amizade existem 2 lados: nós e a outra pessoa. E como não existem 2 pessoas iguais, nem sempre 2 amigos dão e recebem na mesma medida. Às vezes podemo-nos sentir frustados, tristes com a indiferença... Mas às vezes também ficamos felizes com pequenas surpresas, tal como te aconteceu ao receberes esse postal.

    Identifiquei-me com este texto... tocou-me!

    Bjs!

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  13. Há amizades para a vida. Essas não importando o nº de vezes que se contactam ou não, estão cá dentro do nosso coração.
    Beijinhos.

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  14. com um HI5, os problemas de amizades não existem, sabias? :D

    os mails também eram manuscritos?

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  15. Este "post" parece uma maratona, Safira!
    Volto amanhã.

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  16. Teté: às vezes temos...eu pelo menos tenho o 't' de 'totó' ou o 'o' de 'otária' escrito várias vezes! ;)

    Eu só tive um caso de zanga valente, com uma amiga de oito anos. Ainda hoje não sei como é que as coisas chegaram aquele ponto. Numa viagem, imagina, e por causa de uma coisas sem importância nenhuma. Foi uma surpresa. Desagradável, claro. Mas fiquei meio 'abananada'. Tivemos uma discussão horrível por email, e é sabido que as coisas escritas são interpretadas diferentemente por quem as lê e por quem as escreveu. Li coisas muito duras...algumas que não merecia. Outras, talvez. Também disse algumas, claro. Culpa das duas. Inflexibilidade das duas. Enfim, tonteiras que não lembram a mulheres crescidas, mas que acontecem...
    Fico à espera do post ;)
    Beijos

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  17. Antunes Ferreira: Olá e bemvindo! Acho que a Estela tem muito bom gosto! ;)
    Beijinho e volta sempre. Eu já vou espreitar a 'travessa'

    Sunshine: e fazes tu muito bem, que eu bem sei o que custa entrar no ritmo depois das férias...continuo a arrastar-me!
    Beijinhos

    Carla Sofia: espontânea ou completamente doida, é como preferires! ;)
    O teu comentário anda muito perto do que eu própria penso. Também não tenho 'hora marcada' para estar com amigos, e muitas vezes até prefiro estar sozinha no meu canto. Eles percebem, embora às vezes tenha de explicar com mais ou menos diplomacia...
    A tua frase é muito bem apanhada. Vou anotar!
    Beijocas e 'mia' sempre o quanto quiseres!

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  18. Sérgio: a malvada alma às vezes apanha-me distraída... ;)
    Beijinho grande

    Mana linda: tu és suspeita, pá!! ;)Vá,vá, que eu tenho uma reputação de mulher de ferro a manter...
    Ah...andaste a falar com a Micas...por isso é que ela não me chamou parva quando comecei a chorar a ver o National Geographic. Bem que eu estranhei ela fingir que não percebeu quando eu soprei como um elefante engasgado no meu papel de cozinha absorvente!
    Beijos e prepara-te para o Cabo Espichel!!! Aquilo vai ser dureza! ;)

    Ah...a noite dos defenestrados...com Clarissinha Ping'Amor (alias, moi même). Onde é que eu tenho essa coisa? Aliás, como é que TU te lembras disso, eras um piolho!
    Beijos

    Gata Verde: Amiga, não temas! Tenho mimos à fartazana!
    Beijos

    Rocket: e a que resiste a ventos e marés, e à distância... felizmente, não me posso queixar, ainda que passe muito serão com os gatinhos.
    Beijinhos

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  19. Rafeiro: tecnicamente, o amigo é que deixou de falar porque eu o mandei a um sítio feio...e, se bem me lembro, fui eu que eu que fui atrás do amigo. Que o amigo, teimoso como é, não me tinha vindo bater à porta!
    Beijocas

    Sorrisos: mas se fizeres muita questão posso dar-te a minha versão do hino francês em homenagem à selecção italiana, aquando do Itália 90:

    'Os italianos são bestiais
    O Giannini, principalmente
    O Baresi também é dos tais
    E o Ferri dá cabo da gente
    E o Ferri dá cabo da gente
    E os passes daquele Maldini
    Tanto à defesa como ao ataque
    para o remate do Ancelloti
    ou do Altobelli que é um craque
    vamos lá a jogar
    com todo o potencial
    ganhar, ganhar,
    erguer a Taça
    No próximo mundial'

    Acho que era isto...se calhar foi por isso que não ganharam! ;)

    Tu não puxes por mim, homem!
    Beijocas

    Carracinha: e temos dias em que ligamos mais a uma 'indiferença' do que outros, e depois no dia seguinte já passou. Mas se se repete muitas vezes...fica a tal interrogação.
    Beijo grande para ti

    D. Antónia: E faláste muito bem, mulher!

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  20. D. Antónia: caraças, que isto postou sem eu querer. Nem me deixou acabar...
    Olha, agora dispersei-me...
    Beijinhos! LOL

    Vício: Com o Hi5 há problemas mas é de assédio. Chiça, escolhe outro. Quero cá andar a aturar putos parvos, homem! ;)
    Sim, escrevia à mão e fazia um pdf para enviar por emai! ;)
    Beijos

    Capitão: Tás armado em atleta português, ou quÊ? Foi o estádio que te intimidou?
    ;)

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  21. Deixo-te um excerto de um artigo que tenho colado no meu quadro de recados:
    "(...) acarinhar os amigos que temos e arranjar uns amigos novos de vez em quando. Claro que a vida não está para amigos. Mas a vida também não está para o romance, para ter filhos, para ir ao ginásio, ou para comer bem. Ou seja, se não tivermos cuidado, a "vida" vai encarregar-se de nos arrancar tudo aquilo porque vale a pena viver."
    Por isso não deixes de acarinhar os amigos, concerteza que isso também é muito importante para eles, mesmo que não o digam abertamente :)
    E mesmo que a frase do postal seja um bocado lamechas, continua a ser verdade que os amigos que valem a pena são aqueles que estão lá quando precisamos deles (assim como nós também valemos a pena quando não os abandonamos nos momentos maus).
    Um abraço

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  22. uuuuuuuuuuuuuuuuf, deixa-me lá respirar um caditinho que este poste (com "e",tim xinhora, muahahahahah) me deixou esgotada (já agora, o meu livro de cabeceira, já tá?????? :D)...uuuuuuuuuuuuf! isso é que foi abertura, muié! ;-) e agora vou ler os comments heheheh, ja volto.

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  23. oh páh. Bolas. Não sei mesmo que dizer. Quer dizer, já sabia que eras aquilo que aqui descreves (ou parte, claro, porque não somos tudo o que escrevemos, ne), e também já te tinha reconhecido uma capacidade infalível para explicar, sem metáforas e outros subtefurgios que a literatura tem para se dizer o que não se consegue dizer, o que te vai na alma/coração. Mas deve ser uma das poucas vezes que te abres assim. E, ainda por cima, num tema que me tem dado bastante a volta ultimamente...as amizades...tal como a tete, há muito que ando pra fazer um poste sobre isso, lá no outro lado, que tem estado abandonado (a grafonola é prá macacada...o lado mais sério é aquele...agora reparo que quando queremos dizer, que também penso bastante nisso e que a minha opinião sobre isso é tal tal, dizemos "já pensei postar sobre isso"...interessante, esta nossa cultura blogosferica!), já que me tem andado a remoer bastante. Simplesmente por ter chegado à conclusão que sou mas é uma tótó com T maiusculo, sempre disponivel para as mágoas de todos, sempre a dar e dar, mas receber...pois estou como tu, a mudar. Fartei-me de dar e tornei-me selectiva, para além de pouco expansiva. Será bom? não sei. Só sei que estou farta de esperar que se lembrem que eu estou aqui e podia ser uma boa companhia, se deixassem. Mas, olha, azarinho e merdinha: está na altura de partir para outros lados, onde me sinta apreciada. Temos pena.

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  24. ps - ves como o teu postito me afectou? e como entendo tão bem mas tão bem o que dizes? acho que ainda não mudei, mas que estou a mudar. Que é como quem diz, a começar a cagar-me para certas amizades. A amizade não é unilateral, e quando sentes que só tu é dás, esquece. E eu sou exigente. E mais nada.

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  25. Bem...Nem sei bem o que dizer! Os amigos para mim são de extrema importância. Por vezes choro baba e ranho com saudades daqueles que passo muito tempo sem ver. É o meu lado lamechas recheado com crises de chochice.Os mimos,esses acho que já não os dou como antes, acho que me tornei mais timída a dá-los, não egoísta mas sim reservada...É talvez da idade...
    Mas a ti dou todos os que quiseres porque gosto muito de ti e sabes que foste uma bela descoberta, um presente de anos, Natal...o que lhe quiseres chamar!

    Bjokas, linda!

    P.S. olha que eu tb tenho um postal de Praga para ti, só não passei por nenhuns correios,eh,eh,eh...

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  26. Olá! :-)

    É um facto que a amizade tem que ser adubada, mas se ela existir de facto não é por não o ser que irá desaparecer.
    És pouco expansiva , é um facto talvez até pouco social (penso que me o disseste uma vez isso tb), mas estás "lá" na altura certa, e até já ajudaste aqueles que como eu não passam de meros conhecidos. Ouviste-me, deste a tua opinião, "bateste" quando era para bater :-), mas tb mimaste qd consideraste que era a altura certa.
    O que interessa é que as pessoas se mantenham, mesmo que com muito pouco contacto como acontece no exemplo que contas da tua amiga.
    Fizeste uma boa homenagem á amizade, e ao que é a amizade. :-)

    Bjs

    P.S. Não vais ser linchada, porque se todas gostassem do mesmo acabariamos com o rapazito lol
    E sim, a citação é fabulosa, a serie acaba e começa como no "Grey's Anatomy" sempre com uma citação e ás vezes saeim pérolas daqueles, estar autorizada a "roubar" para aqui, até porque não é minha eheheh.

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  27. Rosa Negra: fiquei em atraso com este comentário mas como é um tema que me é caro, não quis responder ao despacha...
    A tua frase é interessante, e vai de encontro ao que eu penso. A vida anda rápida demais para tudo, parece que os obstáculos crescem e nos vão endurecendo. Às vezes criamos carapaças para não deixarmos entrar coisas que nos magoem. O pior é que a carapaça também impede que os nossos sentimentos fluam e que os outros os percebam. Há que contrariar a tendência, o melhor que consigamos.
    Beijo grande

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  28. Vani: nem sei o que comentar aqui visto que a gente já fala disto e de muito mais há tanto tempo, e de forma tão aberta, que nem sequer me espanta o que escreveste. Sim, é verdade, foi um post muito honesto (não que os outros não sejam, mas são com certeza mais ligeiros e menos introspectivos). Eu também devia ter um cantinho secreto, para extravasar mais, mas não tenho tempo para gerir tudo. Assim, tenho de ir alternando a palhaçada com a lamechice e o sentimento, e só assim é que, como disse a minha irmã ( que é só a pessoa que melhor me compreende no mundo e que mais respeita os meus estados de alma, que por vezes são lixados)é que se vê que sou eu, ou coisa parecida, que agora n me apetece ir verificar as palavras ao milímetro), se chega à conclusão de quem sou eu. Muitas pessoas não me entendem, quero acreditar que não tenho inimigos declarados, mas há certamente muita gente que não gosta de mim e me julga negativamente. Isso magoa-me até certo ponto, especialmente quando não mo dizem na cara, mas pá, estamos cá para isso. Sou mesmo assim. Quem gosta, gosta. Quem não gosta põe à beira do prato. Faço merda, como faz toda a gente, mas prezo a amizade, mesmo quando não me devolvem o sentimento. Já não ligo a isso. É partir para outra. Enquanto eu me olhar no espelho e conseguir acreditar quando digo 'és uma gaja porreira' mesmo que faças merda volta e meia, tá tudo bem. No dia em que isso não acontecer, é porque, de facto, me estraguei.

    Mas, ai!! que conversa deprimente, miuda gira. o que nos vale´é que a vida sempre nos reserva umas surpresas boas de vez em quando, e nos prova de que não é preciso estar sempre atracada aos amigos, para 'amar' e se sentir 'amado'. (fraternalmente). Mesmo que se esteja a 200 ou 300km... ;)
    Beijo grande, linda!

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  29. Zabour: Pois olha, é com pena que vejo que passas pelo mesmo, pois a espontaneidade é uma coisa muito bonita. É horrível uma pessoa conter-se ou reprimir-se sabe-se lá... a idade é factor, pois sem dúvida que somos menos 'bébés'e mais ponderados, mas também patadas da vida e más experiências, surpresas ou traições. Eu também prezo muito a tua amizade, e achei um piadão à nossa empatia logo nos primeiros cinco minutos, que em mim é mesmo muito raro, acredita. Mas quanto a ser presente de anos ou Natal, por mim tudo bem, desde que isso não implique saltar de dentro de um embrulho em bikini, ok?
    Estou a brincar, linda...LOL
    Tenho saudades das tuas gargalhadas, a propósito!
    Beijocas grandes

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  30. Eumesma: Sou melhor ouvinte que opiniadora. Também sou capaz de estar no chão, e ainda assim arranjar força para tentar animar alguém. Mas desencorajo-me quando o inverso não acontece. O pior que me podem fazer é ignorar quando eu 'peço' ajuda, ou minimizar e continuar a falar só dos seus problemas. E acredita que há muita gente que faz isso, que me fez isso. Não me estou a armar em vítima, mas o problema de estares sempre a tentar animar os outros é que os outros acabam por pensar que és super forte, e não precisas deles, o que nem sempre é o caso. Eu tento sempre ouvir, e quando consigo, 'adivinhar' que há um problema e tentar dar uma palavra de conforto. Mesmo que seja só parvoice e que não possa efectivamente ajudar, pelo menos o facto de dar atenção, por vezes é quanto basta. E isso é tão simples de fazer, pá... e não tem de se andar sempre a dar beijos na boca aos amigos, mas convém estarmos, pelo menos, atentos. Respeitando o espaço deles, naturalmente, mas não fingindo que, por estar tudo em silêncio,e não se ter conhecimento de alguma crise, está tudo bem. O silêncio às vezes é sinal precisamente do contrário, certo?
    Mas enfim, espero não te ter 'batido' muito...na verdade, a avaliar pela minha vida, há campos em que não sei sequer se devo alvitrar...LOL!
    Beijo grande

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