sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Imbecilidade estática

A imbecilidade é, para alguns, um estado de espírito, uma característica intrínseca. Um inequívoco e indelével traço de personalidade. Para outros, a imbecilidade é como apanhar um vírus por contágio, quando estamos demasiado expostos a imbecis permanentes sem tomar medicação preventiva, ou como uma bactéria oportunista, que se nos imiscua no sistema quando andamos mais stressados, com as defesas mais em baixo e, consequentemente, mais propensos a intoxicação.
Acontece aos melhores. Aconteceu-me a mim, ontem...

Pois que ando a fazer colecção da terceira série de livros a 1€ da revista ‘Sábado’. Como habitualmente, dirigi-me ao quiosque da estação de comboios, e pedi à senhora a ‘Sábado’ e o livro. Isto porque ela tem sempre os livros refundidos algures dentro do balcão. Mas ontem não. Ontem olhou para mim bovinamente e disse-me para tirar do escaparate. E eu tirei. Sou bem mandada. O livrinho, e a revista que estava ao lado.

Pousei no balcão, ainda ajudei a fazer a dificil conta de 2,85€ + 1€=3,85€, ajudei-a a fazer-me o troco, recebendo, após sugestão, os 5 cêntimos que me eram devidos (outra operação de álgebra muito complicada) e fui à minha vida. Sentei-me no meu lugar de eleição no meu comboiozinho suburbano, saquei dos óculos, alheei-me do insuportável ‘huntz huntz’ que saía dos phones da jovem criatura ao meu lado, e peguei na minha ‘Sábado’. Examinei a capa, com muita atenção pois trazia um retrato/desenho do Sócrates, com pormenores muito interessantes de claro/escuro, que é uma das coisas que tenho de dominar nas aulinhas das belas artes e na qual, by the way, sou uma lástima. Depois, olhei para o índice, folheei uma ou duas folhas, e comecei a ler um artigo sobre um CD com covers dos Abba que a 'Visão' estava a oferecer aos leitores. Pensei ‘ A Sábado está a falar da 'Visão'? Que tontos, agora andam a fazer anúncios às prendas da concorrência? Bem, o CD deve ser muito mau, deixa cá ver que mais dizem. Hum... sai no próximo número...bizarro, n tou a perceber’. Confesso que aí comecei a sentir que estava qualquer coisa errada, mas ainda insisti em avançar mais na leitura da ‘Sábado’. E foi só quando vi um texto sublinhado a amarelo que, num súbito rasgo de compreeensão e em pânico, virei novamente a capa da revista para mim. Em letras garrafais, GARRAFAIS MESMO, estava escrito o quê? Vá em coro, todos comigo! VISÃO. V-I-S-Ã-O. VISÃO. Não era a 'Sábado', não, não...Trouxe a revista errada!!!

Quão imbecil pode ser uma pessoa que quer uma revista e compra outra, e só dá por isso mais de 10 minutos depois de a ter na mão? Eu digo-vos: é muito imbecil!

O meu único consolo é que a senhora do quiosque também não prima pela inteligência e deve ter chegado ao fim do dia com alguém muito zangado que tinha revista mas livro népia... Mas, não me sinto muito melhor por isso, até porque não suporto a 'Visão'! Acho até inaceitável que saia no mesmo dia que a 'Sábado' e dê azo a confusões destas.
Portanto, e no fundo, a culpa da minha imbecilidade de ontem foi deles, certo? Claro que sim.

E o dia de ontem foi ainda marcado pela última aula de gym com a professora que me encontrou um alterego na Amy Whinehouse. Vai-se embora :( Não mais serei recebida em apoteose, não mais serei a estrela da sala, com direito a tratamento VIP, ainda que por vezes VIP demais... A partir de terça feira voltarei a ser só mais um um rabo anónimo na luta contra os efeitos da gravidade. Efémera fama...BAH!

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

O hábito não faz (sempre) o monge

Vinha cheia de força para uma reflexão profunda, mas acho que só vou escrever o post para ter desculpa para por esta música do Caetano. Ando com ela na cabeça há uns dias, quase tantos quantos os que sinto a insidiosa -e sobejamente conhecida-mudança de humor (AKA valente neura) a colar-se-me à pele. Já não a via há uns tempos, e não tinha saudades nenhumas.


Mas aproveito que aqui estou ( e já que não estou a cumprir o plano de estudo do livro de História da Arte e suas 800 páginas, que ofereci a mim mesma pelo Natal) para tecer algumas considerações metafísicas. Curioso como por vezes basta uma pequena conversa inocente para nos por a questionar tanta coisa. Quem somos, afinal? Ou melhor, quem parecemos ser? Que imagem de nós damos ao mundo, para o mundo se permitir tirar esta ou aquela conclusão e nos rotular a seu belo prazer? E que estúpida faculdade tem o mundo de concluir coisas parvas e ainda assim nos afectar? Irrita-me que se assumam coisas só porque se pensa vê-las. Irrita-me que uma diferença de opiniões embata no muro da teimosia e que o que é válido para A tenha de ser igualmente válido para B. Irrita-me que me ponham a pensar nestas coisas quando tenho tanto mais que fazer. Irrita-me, especialmente, a mim que sempre odiei matemática pela sua falta de nuances e consequente profunda e aberrante falta de interesse, que me reduzam a um mínimo denominador comum, só porque a maior parte do Universo se rege por ele. Epá, pronto, irrita-me! O perigo de alguém nos conhecer bem?... é saber onde está a brecha da irritação na armadura. E espetar a farpa mesmo aí. Vou ali num instante colar uma fissurita e volto quando estiver estanque, que a minha vida não é andar a chatear-me com dores alheias disfarçadas de doutrina insofismável. Santa paciência!

BEWARE GENERALIZADORES!!!!!

domingo, 25 de janeiro de 2009

The nightmare...

Achei que levaria menos tempo a contar a semana das tropelias da bicheza num piqueno filme. Enganei-me redondamente, que ando nisto há imenso tempo e já me estou a irritar com a' linha de tempo'. Deve dar um trabalhão editar um filme a sério, é só o que eu tenho a dizer!

Mas como já está feito, mesmo... Aqui fica, em estreia absoluta: A semana da bicheza, em versão de imprensa, com banda sonora não original a condizer:

Em minha defesa: não é que eu goste de tosquiar a gata com a tesoura das unhas, mas a alternativa é ir ao vet, levar um sermão porque tinha de a pentear todos os dias (claramente não conhecem a Nádia e a sua falta de tolerância ao pente), assinar um termo de responsabilidade para ela ser anestesiada e arriscar-me a ficar sem gatinha (com dez anos já não se brinca ao morre e ressuscita) e ainda pagar 50€! Ora assim, é menos traumático para ela, que até colabora mais ou menos, e muito menos traumatico para a minha carteira!

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Pensamento do dia



Se uma anónima empregada de mesa casou com o Nicholas Cage;

Se a Leona Lewis andou a servir pizzas antes de ser descoberta e se tornar cantora famosa;



Então, é evidente que eu também devia ter apostado no sector da restauração!!!


(desabafo na sequência de um telefonema de uma cliente ofendida que me descompôs e me desligou o telefone na cara (e atenção que foi ela que ligou) por eu ter tido a ousadia, digo bem, a ousadia, de lhe pedir que pague o que deve! Eu realmente não nasci de todo para isto. E ainda por cima, enganou-se no meu nome, a grande cabra! )

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Lençol, almofada e ele...


Eu já estava instalada quando ele entrou. Um pouco nervosa, confesso. Já nos tínhamos visto antes, mas num contexto mais formal. Sabia que o iria tornar a ver. Só não esperava que as coisas se precipitassem assim. Tentei disfarçar o meu desconforto, mordiscando furiosamente a minha trident de peppermint. Ele olhou de soslaio, e sorriu. Depois avançou, e parou à minha frente, lânguido, o corpo desnudo. Avançou com a confiança de quem sabe ao que vem. Eu olhava, fascinada, os seus movimentos felinos, os músculos discretos sob a pele morena. O cabelo, negro e farto, caia-lhe teimosamente sobre a cara. Com um gesto elegante, puxou-o para trás. Avaliei-o lentamente, enquanto ele ajeitava as almofadas e se instalava sobre o lençol branco, as pernas insolentemente cruzadas. A tensão sentia-se no ar. Olhei-o fixamente, despudoradamente, acariciando o seu corpo firme com o olhar, fixando cada detalhe da sua constituição de Adónis.

Depois, saquei do lápis e comecei a desenhar...

Got you! Pensaram que era pornochachada, certo?
Nope! Sorry... Primeira aula de desenho com modelo nú.
Revelou-se-me um novo sentido para a expressão 'tirar medidas'...
NOTA IMPORTANTE 1 (após ver os primeiros comentários e antes de ser acusada de publicidade enganosa): Onde se lê 'Adónis' deve ler-se: 'homem normal, até a atirar para o baixinho, com pilosidade considerável e dicção bizarra'.
NOTA IMPORTANTE 2: Na sequencia da NOTA IMPORTANTE 1, informo as leitoras que a criatura verdadeiramente portentosa da foto não é, nem de perto nem de longe (nem de muito, muito longe), o 'meu' modelo, pelo que, se estais em busca de deleite para os olhos, será judicioso procurarem noutro sítio.

domingo, 18 de janeiro de 2009

O exemplo dos mais novos

Já aqui disse que o Boris anda na idade do armário. E por cima dos ditos. Com os resultados previsíveis abaixo:

O meu lindo vitral despencou ruidosamente do armário há uma semana, e jaz agora no chão do estúdio onde vou tentar, pela segunda vez, colar os despojos. sob o olhar atento da peste felina, que não resistiu a meter-se na foto.


Isto já chegava para me chatear, mas eis que descubro mais um talento de Boris, o Terror Malhado: conspiração e influência. Agora anda-me a meter ideias de juventude parvas na cabeça do meu - até hoje - bem comportado Gato Gil.



Hoje dei com este nestes propósitos de insubordinação...







Gostava de continuar o post mas tenho de ir arrumar a minha colecção de Cds Clássicos que aqui o Gato Aranha fez questão de fazer tombar.



Juro que os rifo a todos , um dia destes!

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Cliente que se queixa nunca tem razão


Andei a arrumar os monos de 2008 e dei com as duas únicas cartas de reclamação que já fiz até hoje, farta que estou de comer e calar. Chego à conclusão que o serviço a cliente é uma farsa. O serviço a cliente é, na verdade, o serviço de encapotamento da anormalidade do funcionamento da empresa no seu grau mais apurado. Ora nos beijam quando estamos a comprar o produtinho e a pagar o dito, ora nos apedrejam quando ousamos dizer que o produto, afinal, podia ser melhor.

As respostas às minhas cartas de reclamação -que entendo terem sido correctas e claras, descrevendo os factos e sugerindo o comportamento que me parecia passível de ter sido tomado - são de chorar a rir. Fiz, duas, como disse. Uma aos CTT, por me terem perdido uma encomenda há uns dois meses. Frisei na carta que o pacote tinha sido mal acondicionado na estação porque teimaram em colocá-lo num envelope demasiado pequeno por falta de stock de um maior, e que não tinha ido registado porque se destinava aos arredores de Coimbra e não propriamente a um país do terceiro mundo. Suspeito que não tenham gostado desta boca, porque me responderam que apesar de terem muita pena não podiam fazer grande coisa, e que os CTT disponibilizavam todos os serviços adequados a garantir a entrega dos objectos postais. Mentira, não entregaram esta, e eram igualmente responsáveis por ela. É isso que parecem ter esquecido, descartando-se da responsabilidade em três tempos. Acabei por seu eu ‘julgada’ porque devia ter registado a encomenda. Porquê? Só funcionam bem quando lhes pagam mais? Ou deveria ter sorrido muito à senhora da estação para ela fazer o trabalho dela como deve ser? Não sei...

A segunda foi feita à Fertagus, num dia em que caiu uma catenária não sei onde e a circulação esteve caótica. Muito bem, mas a culpa de caírem as catenárias não foi deles, dirão vocês. E muito bem. Não foi. Mas eu também não me queixei disso. Eu queixei-me da falta de pessoal deles na plataforma, para impedir que as centenas de pessoas que lá estavam se empurrassem como selvagens e entrassem em cenas de pugilato como aquela a que eu assisti. Claramente, sou doida porque o senhor da Fertagus que respondeu à minha cartinha diz-me textualmente que ‘ a segurança dos passageiros nunca esteve em questão’. Pois, o senhor que levou o murro nas costas deve ter outra opinião. É certo que foi merecido, e não fosse eu estar absolutamente prensada e impedida de mexer outra coisa que não o nariz e os olhinhos, ter-lhe-ia também arremessado a minha malinha da marmita, mas o que é certo é que não são condições para albergar passageiros que pagam horrores por mês para andarem no comboiozinho da ponte.

Mas enfim, o certo é que, nesta coisa das reclamações, como aliás em quase tudo na vida, quem recebe uma queixa raramente compreende o que ela envolve, carrega no print da carta tipo e lá vai disto. Ou pior, acusa-nos de estar a inventar e vira as coisas de tal forma que quase temos de pedir desculpa por termos sido lesados. Não vejo outro intuito que não o de desencorajar a malta a continuar a reclamar. Pois comigo, lixam-se! E não se lixam com F grande porque sou uma senhora. Como tal, leio as cartas tipo com as desculpas parvas e as bajulações habituais, arquivo-as no arquivo morto e não se fala mais nisso.

Deixarei, por ver os meus factos estropiados, distorcidos, reajustados a favor do prevaricador, de me queixar sempre que entender? Certamente que não.
Deixarei por isso de dizer a verdade a quem a merece ouvir? Certamente que não.

Sentir-me-ei, por isso, tentada a comer e calar da próxima vez que algo não me agradar?
Era o que mais faltava!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Verdes anos, colecções bizarras

Estava agora mesmo a trocar uns cromos com um amigo meu, e acabámos a falar de coleccionismo juvenil. Eu pecadora me confesso, e deixo aqui as minhas 'vergonhas':

Até aos 12:
  1. Pratas de bombons e bolachas, cuidadosamente alisadas e arquivadas em caixinhasBorrachas, de todas as cores e feitios
  2. Folhas de blocos ilustrados
  3. Aquelas miniaturas apara lápis, em metal, lembram-se? Havia pianos, carros, comboios. Ainda as tenho algures na garagem. Acho.
  4. Cromos do Papuça e Dentuça e do Reino Animal
Na idade da parvoeira total, mais ou menos até aos 17
  1. Desenhos de motas do meu amigo Rui
  2. Posters e recortes do Sylvester Stallone (não quero comentários, que ainda os tenho todos. Não estão é colados na parede)
  3. Posters e recortes da Brooke Shields (porque queria ser como ela, quando ainda achava que o meu cabelo podia ser controlado e que ia passar do metro e sessenta e três)

  4. Posters dos Duran Duran

5. Posters e recortes dos Bon Jovi. Claro, né?

6. Postais de gatos



7. Calendários, especialmente da bola


8. Cromos da bola ( grande orgulho no meu 'Itália 90' dos meus Ferri e Giannini...coisas mas lindas!!!)



Na faculdade:
  1. umas 10 negas a estatística até fazer a estúpida cadeira...



Mais 'adultas' e mais recentes:
  1. Revistas com posters do Viggo Mortensen ( e tenho este poster do 'Regresso do Rei' colado no armário do atelier. E então, há azar?)

2. selos (conta como colecção ter quinhentos mil por classificar, certo?)

3. 'galos'

4. animais abandonados...

5. cromos, sem ser da bola. Tenho para a troca, se alguém quiser.

Your turn!

sábado, 10 de janeiro de 2009

Os animais são nossos amigos...a menos que pesem 38 Kgs!

Como não sou grande artista de banda desenhada, se calhar não era pior contar a história...

Há pessoas estúpidas, que já nasceram assim e morrerão assim. Há outras pessoas que, não sendo estúpidas a tempo inteiro, vão treinando o seu quociente de anormalidade, para não correrem o risco de se tornarem seres perfeitos e serem assim ostracizados pelos menos maravilhosos. Enquadro-me, naturalmente, na segunda categoria!
Eis o porquê de ter achado uma boa ideia - e um bom treino para aumentar o meu quociente de estupidez - estar meia hora ajoelhada no chão de mosaico, em frente ao pc. Como sabem, não tem estado propriamente calor. Consequentemente, passados 10 minutos, já não havia muita circulação sanguínea que passasse do joelhito para baixo, e pensei que me ia correr mal a vida. Mas insisti (compreendem, o quociente...). Passados mais 10, comecei a tentar levantar-me, muito devagarinho, qual octogenário artrítico. Não resultou. Não me conseguia mexer. Firme e hirta por causa do frio, e a ranger os dentes de dor, vi que só podia fazer o que faço no ski quando não consigo parar: mandar-me para o chão. Foi o que fiz, aos ais, e literalmente a morrer de dores. Mas, meus amigos, doia-me a sério. Gemendo como uma condenada, tentei arrastar-me pelo chão, sempre aos 'ais', o que, provou ser uma atitude tremendamente estúpida, dado que Sasha MArgareth, que ressonava nos seus aposentos, ouviu e assomou-se à porta da sala, onde eu jazia em posição fetal, agarrada aos joelhos, e a achar que deve haver formas menos dolorosas de aumentar o quociente de estupidez, e tomando notas mentais para a próxima vez, caso sobrevivesse ao congelamento dos membros inferiores.
Ora a minha vida já estava suficientemente complicada sem um labrador de 38Kgs a correr para mim. Sasha Margareth tem uma noção bizarra de primeiros socorros...não lhe devem ter explicado que esmagar a vítima não contribui para a sua recuperação, e então sentou-se em cima de mim. Certamente na tentativa de me impedir de cair num coma sem volta, tentou manter-me alerta, colocando-me a sua patorra na cabeça. E, vendo que eu não conseguia dizer mais do que 'ai, sai, sai, sai, ai' tentou ajudar as minhas cordas vocais, lambendo-me o pescoço, a cabeça e a cara, e babando tudo num raio de três metros.
Quando consegui desprender os braços, esmagados sob a massa adiposa da minha formosa menina, agarrei-lhe a cabeçorra e tentei empurrá-la, mas ela deve ter achado que era o estertor da morte que me animava, e então, deitou-se em cima de mim.
Desisti e fiquei a ver os gatinhos a passarem por nós em inquiridora careta, cheirando o meu cabelo (que devia cheirar bem depois das lambidelas do monstro amarelo) e gozando com a situação. Sei que no seu íntimo felino estavam perdidos de riso, os trastes!
As tiras insipientes que logrei desenhar num momento de inspiração duvidosa não mostram o desfecho da minha desventura. Não me orgulho de dizer que estive uns cinco minutos com Sasha Margarida em cima, até sentir o purpúreo elixir da vida (vulgo sangue ) a voltar a circular no meu mortificado corpo. Só então consegui arrastar-me pelo chão, sempre com os joelhos dobrados, claro, até ao meu aquecedor de halogéneo, onde me colei, com a temperatura no máximo, sempre com Sasha Margareth com a cabeçorra no meu ombro, e vinte minutos depois consegui descongelar os joelhos. Depois, olhei para Sasha Margareth, abracei-lhe a cabeçorra e dei-lhe um beijo no meio dos olhos. É que ela é o máximo, mesmo! Estou até a considerar comprar um daqueles barris dos São Bernardo, enchê-lo de Jameson e atar-lhe ao pescoço. Assim, para a próxima vez que eu treinar para aumentar o meu quociente de estupidez e ela me vier salvar, sempre bebo um copo enquanto espero que ela saia de cima de mim!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Pergunta pertinente


Mais algum(a) de vós teve uma paixão assolapada pelo vocalista dos Human League?


Não?...ok, fui só eu, certo?



Vou reflectir aturadamente sobre esses tempos bizarros por que passei...
Bom, mas a música é gira. Não? Também sou só eu que acho?
Hum...Help?
:)

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Reclamação

Tenho a dizer que o National Geographic Wild é um canal deveras deprimente. Só passam reportagens sobre gente mutilada por crocodilos, cobras, tubarões e caravelas portuguesas. Tenho estado a acompanhar a emissão e até agora conto dois pernetas, um sem braço, e um cheio de cicatrizes, embora com os membros todos. Fora os que morreram, claro. Tétrico, no mínimo. Já sabemos que há bicheza antipática, da qual devemos fugir a grande velocidade, mas os detalhes não são mesmo necessários, pois não? Ou então, quem sabe, talvez pudessem intercalar os programas da bicheza antipática com uma noite de bébés animais fofinhos, não? Onde não haja dor extrema, sangue e perda de membros a cada plano.
Tipo emissões sobre as crias dos maravilhosos Leopardo das Neves...Hum, seria possível ver beleza em estado puro, em vez de desgraçados desmembrados?
Agradecida!


Raios, não me importava de ter um gato destes...

domingo, 4 de janeiro de 2009

Balanço/Great Expectations/Desafio - é um post gigantesco, não leiam! ;)

Comentava ontem com um amigo que não tenho escrito nada muito sério nos últimos tempos. O sítio onde estávamos não era propício a grandes reflexões transcendentais. Bom, na verdade, mal conseguíamos ouvir-nos a pensar com . O certo é que fiquei a pensar na questão. É verdade que a profundidade dos meus posts tem deixado a desejar. Se me perguntaram, por mim acho óptimo, porque este não é, de todo, o meu lugar de realização pessoal, nem tão pouco o meu diário. E, convenhamos, há coisas que não se colocam na blogosfera para qualquer pessoa ver. É evidente que faço uma filtragem do que aqui escrevo. Seria louca em não o fazer. Carrego na tecle 'delete' muitas vezes. Entendo que este é um espaço onde partilho o que me apetece partilhar, quando me apetece partilhar, e tenho muito cuidado com o que digo. Há uma responsabilidade inerente em escrever quando somos lidos. Aquilo que dizemos tem de ser contextualizado, pesado. Eu tento ter esse cuidado, para não chocar quem me lê. Sei que há coisas que posso dizer que poderão tocar num nervo sensível de pessoas que me lêem e, sempre que possível, evito. Esta é a única censura que me imponho. Tentar não ferir susceptibilidades. E tentar não dar azo a equívocos e interpretações erradas. Também não gosto de 'mandar recados'. Tenho o meu blogue sem regras de postagem, nem obrigações. Não quero sentir-me obrigada a tomar posições sobre actualidades, comentar costumes. Não ando nos campeonatos de posts ou comentários. Gosto de os ter, obviamente. Muito. Gosto muito de vos ler também. Mas quero fazer deste espaço um espaço positivo. Não me quero queixar de que a vida é injusta, que sou uma desgraçadinha, que a relva do vizinho é mais verde que a minha. Não é. Quer dizer, pode ser, mas não quero saber disso para nada. Constato, absorvo e evoluo. Com o que tenho. Com o que é meu: convicções, princípios, sensibilidade. Usados com moderação, acredito que me hão-de guiar à erva verde e tenra de um prado na primavera. Não preciso, por isso, de cobiçar a erva do vizinho, embora não vá tão longe quanto a dizer que não a admiro. E posso até pensar, 'caroço, não me importava de ter um prado assim'. Mas recuso-me a ficar deprimida porque o meu solo é menos rico. Há adubos. O humor é um deles. Por isso o espírito 'palhaço' estará inevitavelmente presente em mim. Não concebo uma vida sem humor. Não raras vezes, estou mais para dar um tiro na cabeça (por favor, é metafórico, que detesto armas de fogo) que outra coisa, mas um disparate qualquer, mesmo se dito com ar lúgubre e macambúzio, faz milagres. Recomendo o humor e sobretudo o rir-se de si, a todos, em 2009.
O meu balanço de 2008 vai ser curto. Não foi um ano mau. Fiz muitas coisas, conheci muitas pessoas, óptimas pessoas, pessoas que me vão acompanhar para o resto da vida, se depender de mim. (Nem todas são homens, o que reduz drasticamente as minhas hipóteses de concubinagem, mas pronto, não se pode ter tudo). Redescobri-me e aprendi a gostar mais de mim. Ainda tenho um longo caminho a percorrer na estrada da assertividade e da coragem para correr riscos, mas ainda assim entendo que estou na metade positiva da coisa. E, o que é muito bom, estou muito mais tonificada do que estava o ano passado. Isto, meus senhores, é muito importante! E não me apetece alongar mais nos balanços, porque a parte do passivo também teria de ser considerada e essa é menos divertida. Em conclusão, e perdoarão a deformação profissional, mas a minha situação líquida, ainda assim, foi positiva este ano. Mas não vou pagar imposto, porque tenho crédito de anos anteriores. Muitos créditos... Caro Homem Lá de Cima, podemos fazer encontro de contas quando quiseres, sim? Muito grata.
E, last but not least, em jeito de resoluções/desejos, e para responder aos desafios da Zabour, da Parisiense, do Fausto e da Aralis (perdoem-me se deixei alguém de fora), oito sonhos a concretizar:
  1. Cantar 'Santa Fe' com o Jon Bon Jovi (ou cantar outra coisa com outra pessoa qualquer, mas emocionar um público. Ter montanhas de palmas. Gente a descabelar-se por mim. Lágrimas... Rosas atiradas aos meus pés. Essas coisas...)
  2. Encontrar o caminho para conseguir saltar da cama com entusiasmo ao pensar que vou trabalhar. Realizar-me profissionalmente, e não ter o sentimento de absoluto desperdício que me tem acompanhado
  3. Educar uma criança. Let's face it: o mundo aguenta perfeitamente duas como eu! ;)
  4. Ser melhor pessoa
  5. Ter um carro que não me tenha fanicos quando há nevoeiro, para não ter de voltar a ir de autocarro para Lisboa.
  6. Viajar, viajar, viajar. Este é um sonho permanente, há tanto país para calcorrear
  7. Ter uma vivenda (isolada! Não quero ver os vizinhos em tronco nú a fazer sardinhadas. Credo!) para os meus bichanos provarem o sabor da liberdade, e para eu fazer dela o meu castelinho e ter um JARDIM a sério.
  8. Casar e ter dependentes cujas despesas possam ser deduzidos em sede de IRS. Estou muito farta de ser penalizada nas deduções. Além de que tenho de levar o carro à revisão e quero que seja o último ano em que sou eu a tratar dessa porcaria!
  9. Que o Sporting seja campeão ou pelo menos fique sempre à frente do Benfica! ;)
  10. Que consiga arranjar uns sonhos melhorzinhos para a próxima!

O sonho comanda a vida, não é? Hum...acho que já estou a perceber porque é que avanço a passo de caracol. hahahahaahhahahahahaaahha. Não importa, a tartaruga ganhou à lebre...Persistência, meus caros, persistência. E entusiasmo. Estes é que são desejos de jeito.

São estes os meus para 2009. Muito entusiasmo. Para todos!