Tudo aconteceu às primeiras horas da manhã, isto é, por volta das 07:45. Sasha Margarida dava o seu habitual passeio matinal, arrastando Safira, sua extremosa dona, que lutava para equilibrar carteira e duas pastas, segurando ao mesmo tempo na trela do possante animal, quando, ao dobrar uma esquina, foram surpreendidas por uma criatura canina tresloucada, e sem trela!
Safira fincou os pés no chão e, do alto do seu 1,63m -1,70m com saltos - , tentou segurar Sasha Margarida, para que esta não entrasse em confronto com o pequeno animal, com medo de que o esmagasse. Mas qual não foi o seu espanto quando o furioso minorca, qual bola de pelo branco em fúria, em vez de fugir com medo da cadela de 40Kgs lhe começou a morder! Sim, o pequeno estafermo, sem vergonha, mordeu as patinhas de Sasha Margarida que, mais surpreendida que magoada, lhe ia rosnando com ar de enfado. Safira, com dois cães à bulha perto da estrada - e, relembro, com uma carteira ao ombro e duas pastas – ia tentando arrastar Sasha Margarida para o passeio, sempre com o minorca imbecil agarrado a uma das patas da cadela, perante os gritos histéricos e infrutíferos da sua dona, que se descabelava toda chamando pela sua ‘Lulu’, sem contudo sair do mesmo lugar. A briga acabou quando Sasha Margarida entrou sã e salva no prédio, aproveitando a trégua que o cachorro louco deu ao receber em plena cabeça o chinelo que a sua dona histérica lhe atirou, à falta de outro argumento. Safira ficou de tal forma chocada que ainda pediu à dona histérica que não batesse no animal. Mas as últimas palavras que ouviu, num português de Minas Gerais, ainda sem acordo, foram: ‘ocê já vai vê o que vai-lhi acontecê. Tá levando e vai levâ muito mais’. Teme-se que o cadáver do pobre animal apareça nos próximos dias.
Safira fincou os pés no chão e, do alto do seu 1,63m -1,70m com saltos - , tentou segurar Sasha Margarida, para que esta não entrasse em confronto com o pequeno animal, com medo de que o esmagasse. Mas qual não foi o seu espanto quando o furioso minorca, qual bola de pelo branco em fúria, em vez de fugir com medo da cadela de 40Kgs lhe começou a morder! Sim, o pequeno estafermo, sem vergonha, mordeu as patinhas de Sasha Margarida que, mais surpreendida que magoada, lhe ia rosnando com ar de enfado. Safira, com dois cães à bulha perto da estrada - e, relembro, com uma carteira ao ombro e duas pastas – ia tentando arrastar Sasha Margarida para o passeio, sempre com o minorca imbecil agarrado a uma das patas da cadela, perante os gritos histéricos e infrutíferos da sua dona, que se descabelava toda chamando pela sua ‘Lulu’, sem contudo sair do mesmo lugar. A briga acabou quando Sasha Margarida entrou sã e salva no prédio, aproveitando a trégua que o cachorro louco deu ao receber em plena cabeça o chinelo que a sua dona histérica lhe atirou, à falta de outro argumento. Safira ficou de tal forma chocada que ainda pediu à dona histérica que não batesse no animal. Mas as últimas palavras que ouviu, num português de Minas Gerais, ainda sem acordo, foram: ‘ocê já vai vê o que vai-lhi acontecê. Tá levando e vai levâ muito mais’. Teme-se que o cadáver do pobre animal apareça nos próximos dias.
Entrevistada por este serviço noticioso, Safira comentou apenas sobre a estupidez das pessoas que passeiam cães sem trela, ainda que aparentemente inofensivos e de débil constituição, e lamentou a sorte do pobre animal, dado que o chinelo com que foi brindado devia muito à limpeza e parecia pesado.
Interrogada sobre o seu estado depois do brutal e injustificado ataque, Sasha Margarida referiu apenas que lhe tinha causado algum enfado o ter-se atrasado para o pequeno almoço.
O arruaceiro, após o ataque...
(quer dizer, foto de um cão parecido que o repórter sacou da net!)


Venho de fugido informar os meus fieis visitantes que vou andar arredia durante uns dias... Estou de faxina, a dar guarida a uns amigos franceses e ao seu rebento. A minha casa tem carrinhos espalhados por todo o lado e uma bola de rugby anda a voar no momento em que escrevo estas míseras linhas (o que vale é que é de espuma). Quem disse que a maternidade é uma benesse enganou-se. Neste momento, a lamechice habitual que eu sinto quando vejo bébés e demais criancinhas, eclipsou-se de todo! Pequenos tiranos, com os seus horários estranhos e toneladas de suplementos bizarros que custam uma fortuna. Estou a escrever isto a quente, claro está, porque há algo de profundamente sinistro em ter de aturar os filhos dos outros...mesmo quando são giros. Mas não lhes podemos dar uma palmada quando nos destroiem as barras de ferramentas do computador, onde não deviam mexer. É uma coisa estranha esta que eu observo: se um miudo mexe na máquina digital dos pais, cai o Carmo e a Trindade e leva um palmadão que até anda de lado. Contudo, andar a carregar em todas as teclas de um aparelho que não é dos pais parece não reunir mais do que um trejeito de contrariedade, 'ah e tal, ele mexeu-te no computador, vê lá o palerma... toma, vê se tá tudo bem'. Ok...

