segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Crónicas de uma jardinagem arriscada


Uma amiga ofereceu-me, há já largos anos, um pé de Datura, vulgarmente conhecida como trombeta de anjo. Enquanto procurava uma imagem para colocar aqui, dei com um artigo sobre a árvore. Mais valia ter ficado quieta, que era mais feliz na ignorância. Diz que toda ela é tóxica, e que é usada para chazinhos alucinogénios. O que seria uma boa notícia, se eu fosse janadinha. Mas não sou, só gosto de plantas, de preferência aquelas que eu posso manusear sem medo de morrer envenenada. Esta informação nova vem  colocar em perspectiva o tempo que decidi passar ontem a catar a planta, folha a folha, para ver se descobria a razão de metade das folhas parecerem uma renda de bilros, de tanto buraco que lhe apareceu em dois dias. 
Na lista de carreiras alternativas mais interessantes do que a que tenho hoje, a de detective floricultor seria seguramente uma hipótese a considerar, pois foi num instante que descobri o causador dos rendilhados pouco estéticos das folhas. Eis os vis culpados, já depois da captura: 


Para as almas mais sensíveis, preocupadas com o bem estar das lagartas do demo, posso afirmar que não as matei. Directamente. Agora se o sol e o alcatrão não são um ambiente compatível com a vida das criaturas, ou se passou algum pássaro guloso entretanto, pois isso já não será culpa minha. Para as almas preocupadas com o meu bem estar físico, também estou bem, obrigada, mas para a próxima n me apanham a fazer isto sem luvas! Até porque uma das lagartas, a real cabra!, deixou-me um líquido esverdeado na mão que me cheira seria folha de Datura não digerida...


1 comentário:

  1. Ai, ca nojo! Acho que nem de luvas lá ia, e não era por causa da toxidade das plantas, mas pelas nojentas das bichas... :P

    Mas pronto, fizeste o teu papel! E se algum pássaro guloso as comeu, pensa que contribuiste para enriquecer a sua cadeia alimentar... :)))

    Beijocas!

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