segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Chuva de Verão

Rumar até onde as nuvens estão mais carregadas e o vento sopra morno e forte e ainda assim recusar o guarda-chuva ‘oh, para quê? Não, deixa ficar, também não deve chover nada de especial’. Começar a descer o caminho por trás do Farol do Cabo, com o mar aberto à nossa frente. Gargalhada aqui e ali, com a xanatinha a escorregar nas pedras lisas, e vento, muito vento. Inspirar a maresia e esquecer o mundo.
‘- ui, viste o relâmpago?’ (eu não, não vi nada, a melena sempre nos olhos, e estes fitos no chão, a observar formigas).
‘hum...se calhar voltamos para trás, está a começar a pingar’.
Acordo para o mundo quando S. Pedro decide abrir as comportas do céu. Caminhamos depressa, e de cabeça baixa, mas dois minutos depois já estamos ensopados. O vestido cola-se-me às pernas (felizmente não é branco) e a chuva martela-me os ombros nus. Ainda assim rio. Chegamos ao carro ainda a rir, encharcados, mas felizes... Olho para os carros à volta, cheios de pessoas abrigadas e de caras fechadas (mas secas, é certo). E penso: you don't know what you're missing...

2 comentários:

  1. You were singing in a summmer rain?!? NICE! :)))

    Em férias também tive um dia de chuva. E se não fosse pela trovoada, tinha ido tomar banho à mesma. Curioso é que o tuga vê um pingo de chuva e fica logo em pânico. A moça da esplanada disse-me que a esplanada tinha ficado cheia, mas de espanholada, que estava à espera que a borrasca passasse para voltar para a praia e banhoca. Assim como assim, a praia não é para se ficar sequinho na areia, né? :D

    Beijocas!

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  2. Ora bem! Os refugiados nas suas viaturas não sabem como é bom apanhar chuva de Verão. se calahr ainda pensaram que eles é que eram espertos e que a Safira é que era uma descuidada. Não sabem viver a vida, é o que é!

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