quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Tenho um Flautista de Hamelin em casa e não sabia

O meu mais que tudo é um rapaz que, para onde quer que vá, me consegue sempre desencantar avistamentos de bicheza interessante. Ele é corujas, no primeiro dia em que saímos juntos para tomar um café, ainda só amigos (yeah, right...), ele é pirilampos, coelhos, flamingos e até, pasme-se! uma raposa (que ficou a olhar placidamente para nós na beira da estrada. Ora ver uma raposa à beira da estrada às duas e meia da tarde, com trinta graus, meus amigos, digo-vos eu, que não é para todos. É um facto que o bicho não parecia estar em grande forma, o que poderia explicar o que fazia a descoberto áquela hora, mas isso agora não interessa nada). O que interessa é que nunca volto para casa sem ver, pelo menos, um coelhito ou uma ave de rapina (que espero vir a identificar um dia, assim o bicho fique quieto o tempo suficiente para eu lhe tirar a pinta e depois confirmar no meu Atlas da passarada).


Depois de duas semanas de boa vida a observar a fauna das redondezas, estou de regresso ao trabalho (oh joy!) e a única fauna que vejo anda a dever horas ao chuveiro, de modos que desde segunda feira ando com um humor tão rançoso quanto as criaturas com que me cruzo no metro.


Ora o meu amantíssimo esposo, que só pensa em agradar-me, conseguiu ontem surpreender-me com um avistamento extraordinário, quando íamos a sair para jantar (tou deprimida, ok, não me apetece cozinhar!!!). Na verdade, por pouco não me entrava o avistamento em casa. Uma destas!

Depois de uma cobra no tapete, fico à espera de algo ainda mais fixe, tipo um coala no limoeiro. A fasquia sobe, meu caro amigo :) :)!!


(Não, não a matámos, que me opus ferozmente à ideia. As probabilidades de ser um animal perigoso são poucas, a fazer fé nos herpetólogos deste país (medo...) e a bichinha era fofinha... Proporcionamos-lhe um agradável banho de mangueira e dirigimo-la (à mangueirada) para mais verdes pastagens (o quintal do vizinho. Sim, sim, vamos avisá-lo, quando ele voltar de férias...)

1 comentário:

  1. Ora aí vai o "retrato" por escrito da dita...

    "Cobra-de-ferradura

    Chamam-lhe Cobra-de-ferradura porque tem o desenho de uma ferradura na cabeça. É uma cobra tímida e por isso esconde-se ao menor sinal de perigo. Tem no máximo 1,5 metros de comprimento e não é venenosa para os homens.

    Alimenta-se de ratos e outros roedores, osgas, lagartos e pequenas aves. Costuma caçar de dia, mas também ao fim da tarde, especialmente se os dias forem muito quentes."

    Lá se vai a osga de estimação...

    Bjokas

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