terça-feira, 20 de setembro de 2011

Lisboa no seu melhor

Que Portugal é um país gerido por gente bizarra, já todos nós sabemos. Quem não sabe anda desatento. Ou isso ou vive de rendimentos sociais ou de grandes fortunas e está-se um bocado nas tintas para o que vai acontecendo com quem efectivamente trabalha e contribui para o bolo. Ainda assim, continuamos com pretensões de modernidade e de adesão aos esquemas muito louváveis de outras cidades europeias e agora deu-nos para a preocupação da Mobilidade. Mas Lisboa, à semelhança do nosso novo governo, gosta de inventar: será com certeza a única cidade europeia em que a semana da mobilidade causa entropia a quem já não circula de carro. Lisboa há-de ser a única cidade europeia em que a porra da mobilidade implica a mudança das paragens dos autocarros e uma caminhada extra até meio da António Augusto Aguiar, por sinal uma rua simpática de subir!



Os velhinhos que são passageiros frequentes do autocarro número 7 da Vimeca que, incidently (gosto muito desta palavra), tem como destino um Hospital (!) hão-de achar muita piada a mais cinco minutos a pé e a subir.

Pessoalmente, como tenho uns quilinhos a abater, estou-me um bocado nas tintas, apesar de gostar pouco que me imponham coisas sem me explicarem porquê. O que já não acho tão bem é a Mobilidade ser desculpa para a Câmara arranjar mais uns patrocínios das cervejeiras que montaram uns insufláveis no Parque Eduardo VII e cortaram o trânsito ali, vá-se lá saber porquê. O que é ainda mais irónico é cortar-se o trânsito da rua de onde só saem autocarros, e o utente, se quiser apanhar o autocarro que já lhe custou a vinheta mensal, ter de subir uma rua a respirar o escape dos carros que, justamente, deveriam ser o alvo a abater nesta semana da Mobilidade. Sou só eu ou está tudo doido neste país?



PS: e já mencionei o facto desta nova paragem improvisada ficar mesmo em frente do parque de estacionamento do Ritz, e termos de nos afastar na fila para deixar entrar e sair os carros? Não tinha mencionado, pois não? Pois, mas é o que temos.

1 comentário:

  1. Gente bizarra é dizer pouco! O pior é que as invenções saem sempre caras aos portugueses, senão em mais custos, em menor qualidade de vida!

    Para os velhinhos que se movimentam pela cidade, não há nada melhor do que pôr-lhes corda nos sapatos. E então com insufláveis para poderem pular à vontade, deve ser cá uma emoção... :P

    Beijocas!

    ResponderEliminar