My cats and my cats and myself and my cats

Acordei às 5.23 com um peso no estômago… Era a Nádia! No seu passeio nocturno resolveu estacionar na minha barriga. Pois claro!
Tentei virar-me, mas também não consegui: Era o Gil, estirado nas minhas pernas. Cinco kgs de peso morto…Pus fora do lençol a minha mãozita para ver onde andava o Boris e respirei de alívio; vi que estava só aninhado a meu lado, o que constitui um progresso dado que geralmente acordo com ele enroscado no meu pescoço ou em equilíbrio em cima das minhas costas.

Ao longe, ouço o inconfundível ressonar da Sasha…Ela também podia dormir em cima da cama quando era cachorra. Mas depois de passar os 20kgs achei que era melhor para os meus ossos arranjar-lhe outro poiso.

Há muita gente que fica chocada com a minha forma de ver os meus meninos e meninas como uma extensão de mim. Não me passa pela cabeça ter um gato ou um cão só para fazer vista, e passar-lhes a mão pelo pelo à pressa quando chego a casa e depois fechá-los durante a noite. Não. Os meus gatos e a Sasha fazem parte da família, e como tal, estão onde eu estou. No quarto, na sala, na varanda e até na banheira. Se quiserem, claro. Tenho a colcha um bocado arranhada? É verdade. Há mais pelos do que seria de esperar no sofá? Pois há, e ficam lá até o aspirador resolver a questão. Os gatos andam por cima das bancadas da cozinha? Sim, e então? A Nádia até gosta de dormir em cima da placa do forno e tudo…

Percebo que cause confusão a muitas pessoas, mas estou-me francamente nas tintas. Eu também não percebo o gozo que se sente ao fumar, ou o que tem de absolutamente fantástico passar noite após noite a estourar os tímpanos numa discoteca, ou que se gastem 100 euros numa refeição só porque sim ( quer dizer, comer pode ser um prazer, mas por menos de metade já se faz uma refeição, vai-se ao cinema, e ainda se bebe um copo ou compra-se um livro, por exemplo). Muito menos percebo a malta que não gosta de música ou que não gosta de ler, ou que é do FCP. Mas pronto, epá cada um sabe de si. E eu gosto dos meus bichinhos assim…

E já que tanto falo neles, deixem-me apresentá-los, mas num instante que com a conversa já são 6:30. Se não me despacho ainda vou chegar atrasada ao trabalho, especialmente porque não pensei ainda no que vou vestir…o Drama!!!!

Temos então a Nádia, que está comigo desde os dois meses e fez há pouco 8 anos. É uma linda persa de olhos verdes, muito caprichosa e snob e com alguns problemas de personalidade. Se fosse a minha mãe a descrevê-la diria que é a ‘coisinha mais reles’ que já lhe apareceu à frente, mas isto é porque ela não conhece parte dos administradores da empresa. Mas a minha gatuxa também é meiguinha, mas só quando quer. Mas pronto, sabe ser muito porquinha. É isto que me lixa nela, é mázita e faz chichi nos sítios mais inimaginaveis. É preciso estar sempre de olho… Mas parece que isto é apanágio dos persas. Viva o Europeu Comum!!!

Depois, temos o Gato Gil (não é Gil, é mesmo GATO GIL) , que é o meu bébé mas não digam aos outros. Ele já tem 3 anos e foi recolhido da rua. Encontrei-o sozinho, debaixo de uma grua, e foi amor à primeira vista. Inicialmente estava combinado que seria para a minha irmã (foi ela que lhe deu este nome, obviamente, e quebrou o meu ciclo de nomes eslavos), que estava para casar, mas o futuro marido não achou graça e acabei por ficar com este gatinho tímido. Tem medo de tudo, e esconde-se assim que ouve gente estranha em casa. É muito raro avistá-lo, mas aqui fica uma foto em pose de relax em cima da mimoseira. É um querido, este gatinho.

E depois, o benjamim da casa, o Boris. O Boris também apareceu na minha vida por acaso, porque eu não estava propriamente à procura de mais um gato! Mas, ouvi miar durante toda a tarde, e quando fui passear a Sasha, vi-o encolhido num cantinho, com um olho cheio de pus e um aspecto muito infeliz. ‘Ora, vou levá-lo e depois dou.o a alguém’, pensei eu. Right!!! Levei-o para casa, curei-o da conjuntivite e quando estava tudo bem, aparece-me com tinha. Para quem não sabe, mas agora sou perita!, a tinha é um fungo altamente contagioso, e nos gatos pode ser mortal. Como detectei a coisa cedo, bastaram dois meses (argh!!!!!!) de banhos diários e isolamento, e hoje o minorca vende saúde. Deve estar com cerca de nove meses e é o terror cá do sítio. Nada ficou na mesma após a chegada do Boris. Já fez mais asneiras sozinho do que os outros dois juntos. Aqui fica o artista. Vejam-me esta pelagem!!!! Bom, nesta foto não se vê muito bem, mas não é riscadinho nem malhadinho. Tem manchas simétricas, circulares e ovaladas, e um pelo espesso, apesar de curto. Chamo-lhe o meu pequeno leopardo… Conversa de ‘mãe’ babada, claro…

Bom, são horas de ir para o banho!!! A Sasha Margarida fica para outro post…

Saudações felinas