sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

E se ele estivesse barrado a ouro, também o deixavam ficar?

Passei esta manhã por um cãozinho morto em cima do passeio. Não na estrada, não na berma, mas em cima do passeio.
Carregada de sacos, e com Sasha pela trela, abeirei-me apenas para confirmar que nada podia ser feito pelo pobre animal e não tive outro remédio que não seguir em frente. Não conseguiria levantá-lo sozinha, não tinha nada onde o pudesse embrulhar, nem saberia onde po-lo. O contentor de lixo nunca me pareceu adequado. Só recorri a um, uma vez, porque não tinha como sepultar o gatinho que retirei ainda morno do meio da estrada onde o filho da puta que o matou o deixou a agonizar. Perdoem-me o vernáculo, mas estas coisas transtornam-me. Todos os animais que perdi foram sepultados o melhor possível, e o respeito que por eles tinha em vida nunca se alterou na morte. Antes pelo contrário.
Senti-me cobardemente grata por não poder ignorar mais os puxões da Sasha e deixei-me arrastar para a frente, mas a remoer. Não suporto ver animais mortos e não consigo ignorar o facto. Nos despojos da vida ceifada não eram visiveis quaisquer sinais de violência; não sei o que causou a morte ao pobre animal, não o conhecia das redondezas, mas a sua imagem acompanhou-me o dia todo. Sei que não merecia com certeza ficar no meio do passeio à chuva, como um objecto sinistro e inanimado. Sei que merecia ter um dono preocupado, que o mantivesse seguro. Sei que merecia que alguém quisesse saber da sua sorte. Mas resignei-me a admitir que naquele momento não podia fazer nada, e segui, confiante que o caso seria resolvido (sem no entanto querer perder muito tempo a pensar nos detalhes do sítio onde acabaria o cãozito, por calcular onde seria e achar a ideia insuportavelmente deprimente). É como se diz 'it's a dirty job but somebody's got to do it'. Só não queria ter de ser eu, confesso, porque vivo estas coisas com demasiada emoção. É assim, e quem achar que é estúpido pois que esteja à vontadinha. A mim pouco me importa.
À noite, quando voltei para casa, ou seja mais de doze horas depois, o animal continuava no mesmo sítio. Não queria acreditar! Em toda a populaça que aqui mora e por ali passa diariamente, não houve ninguém que tomasse a iniciativa de fazer coisa alguma. Está ali um cão morto. Ah, pois está... Basicamente isto. E o bicho não é pequeno, é um cão de meio porte e está ao lado da farmácia e em frente das floristas. Raios, está quase na passadeira e a ocupar um dos raros e cobiçados lugares de estacionamento. Não é que passe despercebido! Não acho normal não ter havido uma das almas que passa ali o dia inteiro que fosse capaz de pelo menos tapar o animal e fazer a porcaria de um telefonema para a Câmara Municipal para o irem buscar para incineração.

Pessoas destas, ineptas, sem qualquer tipo de lucidez pro activa, agoniam-me.

Pessoas destas, provavelmente passariam por uma pessoa morta na rua e seguiriam, fingindo não ter dado conta.
Porque não quero ser este género de pessoa, amanhã de manhã, se o animal ainda lá estiver, esta que vos escreve vai pegar no que encontrar aqui em casa e vai tentar amortalhar o pobre bicho para, pelo menos, lhe esconder o corpo dos olhares indiferentes desta gente horrorosa, que o esteve a ver morto no passeio todo o dia e achou banal.
E depois querem que uma pessoa ande bem disposta...e há condições, tendo de viver num mundo laxista como este se está a tornar??

O meu 'John Doe' canino era parecido com o desta foto, e assim lhe presto homenagem. À falta de mais alguém que se rale...

35 comentários:

  1. Tive um labrador retriever que me morreu nos braços. Ainda o levei à veterinária, que já não pode fazer nada, a não ser perguntar-me se queria ficar com ele ou se queria que ela o metesse no lixo... enfim...

    Esse cão foi o meu companheiro, um amigo inseparável, mas morreu muito novo. Tinha apenas 5 anos. Desde aí nunca mais tive um cão. Não sou capaz de voltar a passar pelo mesmo.
    Tenho saudades dele.

    O caso que relatas só me faz lembrar a frase: "quanto mais conheço as pessoas, mais gosto dos animais"

    Is good to be back

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  2. Infelizmente é um mal que parece afectar todos.
    Ao ler a história lembrei-me de uma música dos Da Weasel que diz:

    Toda a gente critica,
    toda a gente tem muita pica,
    mas é na mesa do café que toda a acção fica.

    A única pessoa que sabemos passou pelo animal e não fez o tal telefonema foi...
    Desculpa.

    E por sermos assim ralassos choramos muito contra a sorte mas agimos pouco para que ela mude.

    É o fado do Tuga.

    Gostei dos beijinhos, pode ser que cobre um dia :-)

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  3. sem falar no animal porque também não gosto de assistir a cenas desse tipo...
    disseste:
    "é um cão de meio porte e está ao lado da farmácia e em frente das floristas. Raios, está quase na passadeira e a ocupar um dos raros e cobiçados lugares de estacionamento."

    antes tinhas dito:
    "Não na estrada, não na berma, mas em cima do passeio."

    não tens vergonha de vir "bufar" que o pessoal estaciona no passeio?

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  4. É imcompreensivel mesmo. Eu perdi dois cães e desde o momento em que morreu o segundo decidimos não ter mais animaos de etimação. Lido mal com a perda.

    Infelizmente, já atropelei um gato, meteu-se literalmente debaixo do meu carro na minha rua. Fiquei tão transtornada. Peguei nele e levei-o a casa do vizinho que é veterinario. Não sobreviveu, enterrei-o dignamente e apesar de saber que não tive culpa nenhuma sonhei com ele durante muito tempo. Estas coisas ~sao tramadas.

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  5. É horrível...
    Na estrada que percorro diariamente é raro o dia em que não encontro um animalzinho morto. Afecta-me tanto...Nem sei se será saudável que assim seja...
    beijo

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  6. Tens razão, as pessoas parece que andam insensíveis a tudo o que não seja o seu próprio umbigo e vidinha!

    Aqui há uns anos lembro-me que descobriram um sem abrigo numa rua de Lisboa, que estava morto e deitado no chão há não sei quantas horas, sem que ninguém sequer reparasse...

    Enfim, espero que hoje já não tenhas tido de ser tu a carregar o animal!

    Beijoca e bom fim de semana!

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  7. Eu acho isso indecente ... absolutamente indecente .

    Tal indecente que vou ficar-me por aqui...

    bj

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  8. =( olha, ainda no outro dia pensei em algo semelhante...estamos tão "treinados" a olhar para o lado... :(

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  9. Ainda ontem a minha mãe me contou o que passou esta semana com mais uma actitude cobarde de alguém que não soube ser dono de um cão e por qualquer razão se livrou dele deixando-o dentro do jardim da casa vizinha à dos meus pais. O problema é que o proprietário está ausente e o cão lá ficou, cheio de fome, com uma coleira a tão apertada que parecia um garrote no pescoço, e ainda com a trela, sujeito a ficar preso em algum lugar. Após tentativas frustadas em procurar saber quem foi o "animal" que o abandonou, o canito com +/- 4 meses, de raça de grande porte, qualquer coisa Terrier pelo focinho, peludo, por lá ficou bem alimentado. Os meus pais têm já uma cadelita e um gato e não podiam ficar com ele. Procuraram solucionar da melhor forma e após contacto com a junta de freguesia, foi recolhido pelo canil, e entretanto a minha mãe ficou a saber que havia já pessoa interessada em adoptá-lo.
    Infelizmente muita gente gosta de ter um cachorrinho, esquecendo-se qeue eles crescem, dão trabalho e despesas e depois abandonam-os à sua sorte. Muitos acabam mortos, atropelados como o "teu" john doe, outros são introduzidos à sucapa em propriedade alheia, podem ter sorte ou acaba mesmo por ser pior, ficam presos e a morrer à fome. É triste.

    Beijos

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  10. Olha, prefiro não comentar, lembrei-me do meu Benny...:O(

    Deixo-te o meu beijinho

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  11. Safira

    Já tive a oportunidade de falar sobre isto contigo, por outras vias, mas não posso deixar de escrever algumas palavras.
    Pelo que vou conhecendo desta sociedade onde vivemos, decidi que tenho de fazer qualquer coisa. Se bem te lembras, na história dos gatinhos que recolhi, se não fosse eu, hoje não havia Faísca, Bloom, Sukia ou Mircas. As pessoas que presenciaram (e provocaram) o abandono destes gatinhos não quiseram saber se eles morriam ou não. É certo que na altura, quando os trouxe para casa, não sabia que os teria de alimentar de duas em duas horas, não sabia se tinham doenças, não sabia se os conseguia manter em boas condições. Não sabia uma série de coisas. Mas o que é certo é que os salvei, os criei e o pouco tempo que dormi enquanto cuidava deles soube-me a vida.
    Somos poucos para compensar os tantos humanos insensíveis que por aí andam mas somos bons.
    Não podemos desistir. Os animais contam connosco!!
    E mais não digo que já me alonguei demasiado.

    Um grande beijinho para ti

    S

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  12. Não consigo comentar.
    Não consigo. Não consigo. Não consigo.
    Desculpa.

    Um grande beijo para ti.

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  13. Esses casos são demasiado maus :(
    Ao começar a ler este post pensei que ias falar do que vi esta semana...

    Enfim...haviam de lhes fazer exactamente o mesmo um dia que morram :S


    Beijoca grande amiga

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  14. Querida Safira,
    vim cá ontem, mas saí sem conseguir comentar, porque bem sei o que me custou enterrar no quintal o meu pobre Goldinho:
    parafrasefacil.blogspot.com/2008/04/desgosto.html

    Mas, lá está, senti que devia e que lho devia.
    Beijinho

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  15. Para além de tudo o que descreves o que me faz realmente confusão é imaginar alguém seguir caminho como se nada tivesse acontecido, e deixar para trás , um cão um, gato o seja o que for na berma da estrada! Bom feriado nina!

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  16. Poeta Poente

    Eu temo o dia em que algo acontecer à minha Sasha Margarida ou a qualquer outro dos meus bébés. A inevitabilidade da perda é daquelas coisas com que lido mal. É, contudo, mais fácil de suportar se soubermos que eles foram felizes em vida, acarinhados e queridos.

    E é melhor não me alongar, que estou a chorar não tarda...
    Beijinho

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  17. Carla Sofia,

    É mesmo muito triste, mas infelizmente é o pão nosso de cada dia. Conheci vários gatinhos vadios que fui acompanhando e, mais tarde ou mais cedo, deixando de ver. Acabava sempre por vir uma das pessoas que moravam por ali dizer-me que um qualquer degenerado os tinha atropelado. Um deles, deliberadamente. Há mesmo gente assim. E gente dessa não pode ser boa gente. É pena não ficarem debaixo de um cilindro compressor.
    Beijinhos

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  18. Lesma,

    Apesar do comentário ser um bocadinho cru, não deixas de ter razão. A única mão com que podemos contar é aquela que temos pendurada no nosso braço. Que é como quem diz, se queres alguma coisa bem feita, fá-la tu mesmo. Uma conclusão muito triste para a nossa convivência em sociedade...na verdade, mais valia viver no mato.
    Beijinho

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  19. Vício,

    :), por momentos achei que tambem me ias dar na cabeça.
    Se queres ver estacionamento selvagem é passares em frente da sala de jogos depois das nove da noite. Com sorte, consegues ver-me a contornar a strakkar que ocupa a totalidade do passeio, com um labrador de quase 40Kgs a puxar-me para o meio da estrada. É bom. Isso e as motas também.
    Há muita civilidade por estes lados...
    Bjs

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  20. Cor do Sol,

    Não deve ser nada fácil. Eu perder, perder, só hamsters, pássaros e incontaveis peixes, que é sempre mais fácil. Não imagino ficar sem a Sasha, ou o Yurie ou um dos gatinhos. Aterroriza-me.
    E aterroriza-me a hipótese de atropelar um animal. Mas são acidentes que acontecem, e obviamente não te podes culpar por isso, apesar de compreender perfeitamente o que dizes. Deve ser horrível lidar com isso. Fica.te o consolo de saberes que honraste a sua morte, que é precisamente o que não foi feito com o pobre animal.

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  21. Maria do Consultório,

    Acontece-me o mesmo. Cães, gatos, pássaros, e uma vez, uma raposa...nem sabia que havia raposas por aqui e logo descubro da pior forma possível.
    Também me afecta, a ponto de fechar os olhos quando se adivinha um vulto na estrada ou na berma.
    Saudável não sei se será, mas pelo menos mostra que temos o coração no sítio certo. Digo eu...
    Beijinho

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  22. Teté,

    Não, felizmente, quando passei (mais cedo, para deixar Sasha Margareth entregue e voltar para tratar do assunto com duas mãos livres) já lá não estava o bichinho. Ainda bem. Olhos que não vêem, coração que não sente. Passo a cobardia da coisa...
    Tenho visto cenas inacreditáveis: uma vez, em pleno Terreiro do Paço, uma senhora caiu no meio da estrada e não se mexeu mais (eu estava no autocarro). Pois as pessoas que estavam na paragem em frente não se mexeram. A Senhora esteve deitada no meio da estrada durante algum tempo até que alguém esboçasse um gesto para ir ver o que se passava. Não sei como acabou. Mas, se formos a ver que eu fui atropelada por uma mota ao sair de um autocarro,ainda com um dos pés no degrau, e que me levantei de debaixo do autocarro para onde a mota me mandou por puro reflexo, e o autocarro seguiu viagem tranquilamente, com toda a gente a olhar pela janela e que NINGUÉM parou para me ajudar (a n ser o tipo da mota, porque também tinha caido), não fico por aí além surpreendida da falta de compaixão que por aí anda.
    Às vezes vejo pessoas a desviarem-se de invisuais, sem lhes perguntarem se precisam de auxílio. Uma vez, em Entrecampos, uma senhora desorientou.se e estava a embater constantemente na balaustrada por cima das linhas e não conseguia sair dali. Eu vi isto a alguma distância. Até chegar à senhora, passaram seguramente mais de cnquenta pessoas. É preciso dizer mais?
    Mete nojo, ou não mete?

    Beijinhos revoltados

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  23. Maria Manuela,

    Nestas situações o 'no comment' é mesmo o mais adequado.
    Enfim...
    Beijinhos

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  24. Van,

    Sim, e também percebo que possa ser uma forma de protecção. Há as bestas, que são os que olham para o lado porque n querem mesmo saber, mas também há os sensíveis, que olham para o lado porque aquilo lhes dói demasiado. Há coisas em que é mesmo preciso uma carapaça, senão a malta passa a vida a sentir as dores dos outros. Agora o que eu acho é que, quando as coisas se passam mesmo à tua frente, sensível ou não, tens de agir. OU tornas-te uma besta por omissão.
    É o que eu acho. Por isso continuo a estacionar sempre bem, enquanto pessoas há que ocupam dois lugares. Por isso continuo a ver se entram velhinhos nos transportes e se lhes posso ceder o lugar. Porque há muito pouca gente que se importa (amiga, vejo tipos novos que ostensivamente se sentam e n levantam o rabo quando entra uma velhinha) e eu não quero estar desse lado. De todo!
    Beijocas

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  25. Paulofski,

    Eu continuo a achar que algumas pessoas, da mesma forma que deviam ser inibidas de ter filhos, deviam ser inibidas de ter animais. O que contas é mesmo inaceitável, e embora pareça haver um certo 'cuidado' em tentar deixar o animal num sítio onde possa ser tratado, o que não revela a crueldade dos que os abandonam em pinhais e desterros, não iliba a irresponsabilidade da atitude em si.
    E essa situação que contas não é nova. Uma vez, vinha da praia, e ouvi um ladrar insistente. Um huskky estava preso no meio do nada, numa propriedade privada, sem água, nem comida, nem sombra, num dia de calor intenso. Subi para cima do muro como pude, e dei-lhe a beber em fonte da garrafa que tinha. A senhora do parque de estacionamento foi ter comigo e pos-se a contar a desgraça: o dono aparecia de vez em quando, e o bicho passava ali os dias sozinho. A associação de animais do sítio encarregava.se de passar por ali e deixar-lhe comida e a senhora do parque dava-lha água durante o dia, mas não podem fazer mais nada porque o animal está em propriedade privada. E é isto...
    É triste, como dizes.
    Beijos

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  26. Sandra,

    Tu e eu. Não sei se sabes que tanto o Gil como o Boris foram recolhidos da rua. E apanhei mais um gatinho minusculo, ainda com o cordão umbilical, e que estava pendurado numas silvas a dois metros do chão, que não pude salvar e me morreu nas mãos numa madrugada triste. E ainda apanhei antes desse uma gatinha que consegui dar. Eu sigo este raciocínio: a partir do momento que vejo, torna-se minha responsabilidade. É tramado, mas é assim. O meu Boris tambem vinha doente (aliás, um gato destes sozinho em frente ao vet, desculpem lá, mas alguém já sabia que estava doente. Apanhei-o sem pensar no amanhã: estava sozinho e miava desesperadamente. Não consegui deixá-lo. E para além da conjuntivite trazia tinha. Que passou aos outros dois. Tive de tratar tr~es gatos durante dois meses, com banhos e comprimidos. Mas não me arrependo. Vale sempre a pena! É uma vida que se salva. Somos poucos, mas somos bons. Ora nem mais!
    BEijinhos

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  27. Teresa,

    o teu 'silêncio' diz tudo.
    Beijo grande

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  28. Kazinha,

    Lembrei-me do 'teu' boxer, acredita.
    Amiga, haviam de lhes fazer em vida, mesmo. Desculpa, mas eu faço distinção entre bom e mau, nem sempre entre humanos ou não. Isto tira-me do sério, como sabes...

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  29. Querido Paulo,

    Li o seu desgosto. Entendo-o tão bem...
    Um grande beijo
    PS: o Gold era muito parecido com o meu Gil.

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  30. Inês,

    Se eu fosse dizer tudo o que me faz confusão, mesmo quando os animais estão vivos e entregues...prende-los num com cordas , deixá-los sair sozinhos, alimentá-lsoo como e quando calha...mas acima de tudo não brincar com eles, não lhes fazer festas, não lhes agarrar nas cabeças e dizer-lhes que são lindos. Isso faz.me muita, mas mesmo muita, confusão.
    Beijos

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  31. Compreendo-te tão bem!

    Tambem sou assim, não consigo suportar crueldade para com os animais.

    bjs

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