Cesso hoje o meu
jejum de crónicas semiocas e intelectualmente questionáveis. Hooray. Hooray.
Fugi dos meus algozes.Hooray. hooray. Já sou dona do meu tempo de novo. Hooray.
Hooray. Ora isto não é garantia de que escreva mais assiduamente porque toda a
gente sabe que sou uma real preguiçosa, mas pelo menos já não há factores
externos a condicionar-me.
A título de
justificação para tão longa ausência aqui ficam as linhas mestras dos meus
últimos 40 e picos dias:
a) Exames
de meados de junho até meados da semana
passada. Correram bem, obrigadinha, menos “Salvaguarda do Património construído
em Portugal” que provavelmente terei de repetir, mas é assim, as disciplinas
com pouco que ler não se afiguram desafio suficiente para este portentoso
intelecto...
b) Pontaria
do cacete! Os exames coincidiram com uma mini cirurgia ao antebraço que me
livrou de um histiocitoma, que era uma borbulhita chata, e me deixou uma
cicatriz de 3,5 cm que toda a gente diz que está muito bonita e a sarar bem
(expliquem-me o ponto de pús que apareceu hoje, por favor...) mas que eu
pessoalmente acho feia nas horas e me dá o ar de uma debilóide que tentou abrir
o pulso com uma faca romba. Do lado errado do braço. Um mimo. Portanto, o meu
conselho para todos vós, que consideram livrar-se de uma borbulha chata (que
comicha e infecta de vez em quando mas que fora isso não vos apoquenta muito): deixai-a
estar! Cinco pontos no braço durante três semanas e poderem ser confundidos com
uma versão abortada do Frankenstein não tem grande piada! Trust me.
c) Tive passarinhos.
Quer dizer, os meus mandarins (de que ainda não falei porque ainda não calhou)
tiveram uma ninhada. Mataram dois. Rejeitaram o terceiro. Apanhei-o do chão da
gaiola e consegui mantê-lo vivo debaixo de uma lâmpada, a alimentá-lo de duas
em duas horas com uma palhinha. Morreu-me nas mãos, doze horas depois. Escusado
será dizer que dispensava a experiência.
d) E depois
há o governo... tem sido de facto difícil resistir ao impulso de abrir os
pulsos. Não o faço porque, como disse, já tenho uma cicatriz e dispenso outra.
Mesmo que do lado certo.
E pronto, é isto. Agora que estou mais recuperada destes
desgastes todos vou tentar reanimar o tasco e ver se tanto tempo de privação de
oxigénio não acarretará danos permanentes e irreversíveis.
Tens estado ausente, mas mesmo assim não perdeste a garra prá escrita... :)))
ResponderEliminarIsso do braço é que é uma chatice, mas olha que essas cicatrizes com o tempo vão desaparecendo, daqui a dois ou três anos mal se nota. E há sinais e borbulhas que o melhor mesmo é sairem...
Já vi que esses mandarins não são flor que se cheire! Boa sorte para os resultados dos exames e, above all, BOAS FÉRIAS! :)
Beijocas!
É muito bom vê-la de regresso e logo com toda essa verve. Gostei.
ResponderEliminarDispensavam-se realmente as cicatrizes, mas se não as expuser muito ao sol, provavelmente acabarão por desaparecer.
espero é que a Safira não volte a fazer um Ramadão da escrita, ok?
Beijinho