A música da cena em que o "Psyco" Anthony Perkins esfaqueia a pobre moça no duche ecoa subitamente no open space. Ah! uma chamada de trabalho. Atraverso lentamente os escassos metros que separam a máquina do café da minha secretária, onde o meu telemóvel se agita impaciente. 253 qualquer coisa. Um número que não reconheço, lá das bandas de Guimarães ou coisa que o valha. Deve ser outro engenheiro com um problema existencial com que me chagar os miolos.
Atendo, com um simpático (e obviamente fingido) tom de solicitude profissional:
Eu: Estou, sim?...
Alguém: Bom dia!
Eu: Bom dia...
Alguém: Estou a falar com o Bruno?
...claro que sim, se o Bruno for castrati ou viciado em hélio...
Ainda assim, abafo o sarcasmo e respondo:...bem, não, não está a falar com o Bruno...
Alguém: Ah, deve ser engano (deve ser??? Hello!!! Ainda está indeciso?). Desculpe. Bom dia.
Ao simpático senhor que acha que eu sou um homem deixo um artefacto extraordinário que decerto o ajudará até que se encontre uma cura para a estupidez.
Cotonete: à venda num supermercado perto de si. |
Já percebi que tens uma música muito elucidativa, para te anunciar telefonemas desse engenheiros... totós! :)))
ResponderEliminarBeijocas!
Coitado do engenhocas! Tinha acabado de ser convidado para o governo e enganou-se no número.
ResponderEliminarBeijinhos