Ou quase. É o que a Christie’s prevê arrecadar no leilão desta obra de Paula Rego. Dirão muitos “que bom, que maravilhoso é ver este nosso país prestigiado com mais um filho da terra a ter sucesso no estrangeiro”. Outros, menos preocupados com reconhecimento além fronteiras de malta que até faz questão de viver além fronteiras e vem cá volta e meia comer sardinhas e beber vinho do Porto e diz que é português porque dá um toque exótico à coisa, são capazes de achar tudo isto uma parolice. I know I do, que não suporto a pintura desta senhora que acho vulgar, na forma e no conteúdo. Mais do que não me dizer nada, choca-me de feios que são os motivos, as figuras, as cores e as mensagens subliminares, na certa inacessíveis a uma amadora de pintura que ainda delira com paisagens impressionistas de há 200 anos. Mas isto é beside the point, o que importa é perceber que delírios grassam no mundo da Arte por estes dias, e quem é que anda a pagar a gente débil mental para nos dizer o que vale ou não vale como obra de arte.
Tive oportunidade de perceber, durante o primeiro semestre do curso de Estudos Artísticos, o porquê do estado miserável a que chegou a Arte, o porquê de um bocado de ferro torcido ou um esborratado digno de uma criança no jardim infantil ser considerado uma obra de arte. Há critérios definidos? Claro que não. Graças à evolução das teorias sobre a Arte e da falta de consenso delas resultantes, convencionou-se em meados do séc. XX, que o melhor é deixar isso a cargo de quem “percebe” do assunto. Ou seja, temos um bando de pseudo-intelectualóides a definir o que é Arte, e o que não é. Porque lhes apetece! Desde que tenham um grau académico, ou estejam no métier, o que eles dizem, vale. Bem... que bom trabalho estão a fazer! E por causa deles, alguém, na sala de leilão, ou ao telefone, vai gastar 800 mil euros para ter esta coisa horrível pendurada em casa, não porque gosta do quadro, mas porque alguém disse que é chic ter um Paula Rego (why, oh God, why?) e porque, por alguma estranha razão, alguém acredita nos pseudo-intelectualóides do mundo da Arte. Farta que estou desses gajos sem gosto, com os seus conceptualismos e vanguardismos e coisas bizarras só porque sim! Vão aprender a desenhar, mas é!
Muito a favor da evolução e do progresso, mas tenho cá para mim que a Arte pressupõe, sempre, algum tipo de talento, alguma predisposição natural para a criação de coisas belas, que a maior parte dos mortais não consegue fazer. Eu cá tenho saudades da quase “divindade” da Arte. Serei bota de elástico, mas a mim não me vendem que uma tela em branco, exposta numa galeria, é uma obra de Arte. Para isso vou ao chinês da rotunda e vejo telas em branco de borla, quantas vezes quiser. Quero lá saber do conceito por detrás da ausência de imagem! Quero lá saber da mensagem! Quero é ser visualmente agradada, quero sentir emoção ao olhar para um quadro, quero ter inveja do dom de quem fez isto ou aquilo. Que inveja posso eu sentir de quem faz coisas sem interesse nenhum? Para além da estupidez de dinheiro que ganha com isso, claro...
Hum... pois...
DAMN IT!
Tive oportunidade de perceber, durante o primeiro semestre do curso de Estudos Artísticos, o porquê do estado miserável a que chegou a Arte, o porquê de um bocado de ferro torcido ou um esborratado digno de uma criança no jardim infantil ser considerado uma obra de arte. Há critérios definidos? Claro que não. Graças à evolução das teorias sobre a Arte e da falta de consenso delas resultantes, convencionou-se em meados do séc. XX, que o melhor é deixar isso a cargo de quem “percebe” do assunto. Ou seja, temos um bando de pseudo-intelectualóides a definir o que é Arte, e o que não é. Porque lhes apetece! Desde que tenham um grau académico, ou estejam no métier, o que eles dizem, vale. Bem... que bom trabalho estão a fazer! E por causa deles, alguém, na sala de leilão, ou ao telefone, vai gastar 800 mil euros para ter esta coisa horrível pendurada em casa, não porque gosta do quadro, mas porque alguém disse que é chic ter um Paula Rego (why, oh God, why?) e porque, por alguma estranha razão, alguém acredita nos pseudo-intelectualóides do mundo da Arte. Farta que estou desses gajos sem gosto, com os seus conceptualismos e vanguardismos e coisas bizarras só porque sim! Vão aprender a desenhar, mas é!
Muito a favor da evolução e do progresso, mas tenho cá para mim que a Arte pressupõe, sempre, algum tipo de talento, alguma predisposição natural para a criação de coisas belas, que a maior parte dos mortais não consegue fazer. Eu cá tenho saudades da quase “divindade” da Arte. Serei bota de elástico, mas a mim não me vendem que uma tela em branco, exposta numa galeria, é uma obra de Arte. Para isso vou ao chinês da rotunda e vejo telas em branco de borla, quantas vezes quiser. Quero lá saber do conceito por detrás da ausência de imagem! Quero lá saber da mensagem! Quero é ser visualmente agradada, quero sentir emoção ao olhar para um quadro, quero ter inveja do dom de quem fez isto ou aquilo. Que inveja posso eu sentir de quem faz coisas sem interesse nenhum? Para além da estupidez de dinheiro que ganha com isso, claro...
Hum... pois...
DAMN IT!
Pois olha, absolutamente de acordo com tudo o que disseste. Bota de elástico ou não, também não gosto dos quadros da Paula Rego. As imagens são feias, para não dizer aterradoras, as cores são escuras e sobre castanhos (muitas vezes) e se vamos para as mensagens da mulher-cão ou lá como se chama o quadro, simplesmente nem as entendo!
ResponderEliminarPor acaso também tinha ideia que os críticos de arte são assim como os de cinema mais antigos: falam, falam para os amigos, de coisas que só eles vêem, e chamam de incultos a toda a humanidade que não tem a mesma sensibilidade artística que eles.
Resta acrescentar que também adoro pintores impressionistas, talvez os meus preferidos, mas noutros géneros gosto de Dali, Cargaleiro, Vieira da Silva, por exemplo. Ou seja também gosto de pintores não impressionistas, agora tem de ter algo que ache belo, na forma ou nas tonalidades usadas... :)
Beijocas e gostei muito deste teu desabafo "artístico"!