terça-feira, 10 de abril de 2012

How bad did you want it?

É a pergunta que se coloca ao SLB, depois do jogo de ontem.

Escusam de vir com as parangonas o Sporting acabou com o sonho do Benfica’(Record) ou Vitória do Sporting é via verde para a festa do dragão’ (A Bola) e demais manchetes parvinhas, que o Sporting tem tanto interesse em que o FCP seja campeão como eu tenho em ter uma unha do pé encravada. Nem venham com as histórias do campeonato da segunda circular. O Sporting quis ganhar. Fez pela vida. Ganhou. End of story. 

Eu cá estou muito satisfeita, mas dispenso ressabiamentos. Se o FCP for campeão, foi. Mas a culpa é de um só. Soletrem comigo: S-L-B

segunda-feira, 9 de abril de 2012

O.S.G.A (Organização Social de Gestão Animal)


Dou muitas vezes comigo mesma a pensar que sou uma rapariga afortunada. Ok, ok, não estou na lista da Forbes (ainda), o meu cabelo ainda não se refez do desaire de Janeiro (oh grow longer already!!!), e escandalosamente, apesar de ter publicado uma wishlist para o meu aniversário, ninguém me deu o ouriço que pedi. Mantenho a esperança para a tartaruga. Estou quase a celebrar um ano de matrimónio, se alguém quiser pegar na dica...

Anyways, apesar destas pequenas contrariedades e vicissitudes, também sou afortunada por  ser confrontada com situações em que posso mudar, para melhor, a vida da bicheza que se cruza no meu caminho. Excepto melgas e aranhas. Ah, e carraças. Essas têm sempre uma experiência mística antecipada, o que também é positivo para elas: vão para um sítio melhor. O éter. Ou a lareira, se estiver acesa.
Ontem, quando arrumava o terraço após mais uma sessão de sementeira de coisas que vão acabar por morrer à torreira do sol, vi uma teia de aranha. Já de vassoura em punho, e esgar terrífico (morre, cabra, morre), vejo uma coisa a mexer. Pensei que era um gafanhoto. Uma observação mais atenta mostrou-me que o meu gafanhoto era na realidade uma pequena osga, presa pelo rabo. Quando digo pequena, era mesmo pequena. Baby osga, não osga anã. Uma cria, portanto. Porque sou generosa, quis partilhar a descoberta e o respectivo salvamento, que acabou por envolver um duo de beneméritos equipados com luvas, um vaso de plástico e a parte superior de uma cana de pesca. Don’t ask. Mas resultou. A osga foi salva da teia mortal, cuidadosamente limpa de restos de seda com um providencial pauzinho (um resto de coisa morta à torreira do sol), e colocada no canteiro, para retemperar forças. Gira que era a bicha. Esteve ali um bocadito a recompor-se ao sol. Depois, levantou a cabeça, olhou para mim e disse ‘obrigada por me teres salvo’. 
Bom, na realidade, não... mas era uma imagem poética com algum potencial, vá. O que aconteceu foi que ela levantou a cabeça, agitou o rabo e mandou um salto para um vaso adjacente. E foi assim que descobri que as osgas saltam. Faz-me perspectivar de forma diferente o facto de ter Clarisse e Asdrúbal, o casal permanente, e mais Gabriela a filha emancipada que aparece volta e meia para chular os pais,  a morar por cima da porta de entrada. Certo é que entro e saio de casa muito mais depressa agora, não vá alguma delas querer suicidar-se por asfixia e defenestrar-se para o meu cabelo!

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Interrogação pungente


Behold a vida difícil que têm estes dois. Gordos e anafados que estão, os trengos. Corre-lhes bem a coisa. Bem se vê que não se levantam às seis da manhã e não passam duas horas em transportes para ir aturar gente doida. Nem se chateiam a planear férias porque toda a gente quer as mesmas semanas. Mais importante, não têm de preencher a estúpida declaração de rendimentos nem têm de pagar impostos! O que me leva à pungente interrogação que suporta o título deste devaneio fora de horas:

Alguém me saberá dar uma razão válida para os meus gatos e cães não serem considerados dependentes do agregado familiar? 
É que eu cá acho que deviam! Senão vejamos:
 - não se sustentam a si próprios
 - comem que nem uns alarves
 - sujam areão que é um disparate
 - no global, custam mais em consultas médicas por ano do que eu
 - só não tenho despesas de educação porque a escolinha para cachorros mal comportados me fica fora de mão. De qualquer forma Nero Augusto é um caso tão perdido, mas tão perdido, que seria desperdício: nem o mocinho do encantador de cães o aturava mais de cinco minutos sem se suicidar. Eu não me suidido porque, lá está, tenho de sustentar esta bicheza toda!

Em suma, gasto rios de dinheiro com as pestes. Todos animais adoptados, note-se, que andavam a cirandar pela rua (os gatos) ou a ocupar lugar numa associação (os cães) e a custar dinheiro à autarquia que a subsidia . Ou seja, ainda estou a fazer serviço público. De borla. Aliás, minto: tive de pagar trinta euros por cada cachorro, uma taxa de adopção qualquer que serve de ajuda para as vacinas que trazem (a Nikki vinha com vacinas dadas há uma semana sim, infelizmente estavam era fora de prazo.Teve de ser tudo repetido  às nossas custas, claro) e à esterilização que também é mandatória. Mandatória, porém pouco eficaz no caso de Nero Augusto, que apesar de teoricamente já não ter tudo aquilo com que nasceu continua com muito interesse no sexo oposto, vá-se lá perceber porquê! Só problemas, só contrariedades...

E o governo não é sensível a isso porquê?