quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

O Natal já não é o que era


Ontem fui às compras. Não me organizei, e ando, como boa tuga,  no desespero. Desespero esse que me fez ligar à minha irmã e perguntar-lhe ‘olha lá, casaco ou pullover, cinzento ou azul eléctrico, agora és S ou ainda M?”. Resposta, tão desassombrada quanto a pergunta: “ Casaco. Azul. Nunca fui S, pá!!!. Espera, em que loja estás?” “na...” Ah, ok, então é mesmo  o M...”

E é isto a magia do Natal este ano... Não estou orgulhosa, pois claro que não,  e tenho de dar razão aos cépticos do Natal e aos arautos da desgraça que o qualificam como época dada à histeria e hipocrisia colectiva. É verdade que gostamos de dar presentes, mas não é menos verdade de que dispensávamos o stress envolvido en comprar presentes para 17 ou 18 pessoas - fora os que estão longe e não vão estar na consoada mas a quem temos/queremos enviar um mimo na mesma. Não é menos verdade que se acaba, não raras vezes, com um ataque de nervos porque não comprámos nada do que gostaríamos e ainda assim gastámos o dobro do que devíamos.  Acaba-se muitas vezes a deitar o Natal pelos olhos ainda antes de ele começar. Este ano estou assim. Sem paciência. A ideia de entrar nas lojas já me causa agonias. Ainda assim esforço-me por encontrar um presente giro ou útil. O que é mais do que muita gente faz por mim. Que a dois dias (uteis) do Natal me enviem um email “Olha, este ano estou sem ideias. O que queres de presente?” não faz nada pelo meu espírito natalício. Mas como a bem da minha sanidade mental adoptei o moto “Nem quero saber” até que as festas acabem, acabei de muito disciplinadamente  enviar uns links da FNAC para a minha amiga de Toulouse escolher um CD e não ter muito trabalho a pensar no que há-de enviar-me. Bem, é certo que eu também lhe enviei um pacote da AMAZON, mas pelo menos perdi tempo a pensar no livro certo para ela, o marido dela e os dois filhos...Mas dá trabalho o inverso. Por isso, eu que escolha, e mande o link e ela paga e manda entregar. Um cheque num envelope faria o mesmo efeito e poupava nos custos de entrega. Digo eu. Mas isto sou eu que hoje dei para me por a pensar demais. Depressa! Modo off. Moto on:  Nem quero saber!
Siga, siga. Siga, que só faltam cinco dias e depois acaba!

2 comentários:

  1. Isso é o que dá guardar tudo para a última hora... :)

    Mas pronto, siga, siga, que o Natal vem já aí! :)))

    Beijocas, ó impaciente!

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  2. Há já uns anos que o Natal perdeu a magia de outros tempos. Tornou-se demasiado comercial para o meu gosto e quanto a família, a mágoa dos ausentes sobreleva a alegria de este ano poder desfrutar da companhia dos do outro lado do Atlântico.
    Um Natal muito feliz para si e sem stresses e que 2013 seja melhor do que todos estamos a pensar.
    Beijinho e até breve

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